A primeira parte, pertencente a uma exposição anterior, consistia em retratar criaturas que se encontravam presas, encarceradas dentro do próprio desenho. Criaturas anónimas, que lutavam desesperadas por se libertarem da bidimensionalidade da pintura.
“Dormência” representa o “descanso do guerreiro”. Neste caso, “as criaturas continuam confinadas ao espaço físico da pintura mas, exaustas e resignadas dormem, alheias ao espaço que as rodeia. Sem qualquer tentativa de atenção por parte do observador, estas criaturas, extenuadas, comunicam entre si, através de um tipo de telepatia sonâmbula, numa espécie de “canto das baleias”. Os diferentes tamanhos de cada pintura significam uma escala hierárquica dentro do universo claustrofóbico de cada folha de papel pintada. Quanto maior a escala da criatura representada, mais alta a distinção da mesma”, descreve Jorge da Silva Santos.
0 Comentários