Ora, passadas algumas semanas, o equipamento deixou definitivamente de trabalhar, apesar de desde a sua instalação nunca ter funcionado convenientemente. Segundo a administração do CHON, “o ar condicionado do bloco operatório avariou no dia 25 de outubro. De imediato foi solicitada a visita da empresa responsável pela manutenção do equipamento, que após avaliação propôs a sua substituição, tendo em conta os valores necessários para a sua reparação e o facto de estar no fim de vida útil. O conselho de administração autorizou a aquisição e instalação de um novo equipamento de modo a dar resposta integral às necessidades do serviço. Assim sendo, estão a ser desenvolvidos os procedimentos concursais obrigatórios por lei e as devidas autorizações superiores para o processo de aquisição e obras de instalação. Esperamos que o equipamento seja instalado e colocado a funcionar no inicio do próximo ano”. Até lá as equipas que desenvolvem ali trabalho, terão de aguentar o calor existente naquele espaço e as equipas de limpeza terão de desenvolver um trabalho que não potencie as bactérias. A administração assume que “esta situação não tem penalizado os doentes. A avaliação da taxa de infeções mantém-se estável e de acordo com os valores habituais. Visando garantir a realização das cirurgias, foram pontualmente transferidas algumas para a unidade hospitalar de Alcobaça”.
Hospital termal preocupa autarca
O facto do hospital termal continuar encerrado está a preocupar o presidente da câmara das Caldas, que pede uma solução rápida para que a unidade volte a funcionar. “Estou preocupado e estou a tentar evitar o pior”, disse Fernando Costa. O presidente da câmara considera que o hospital termal “não pode continuar fechado e tem de abrir o quanto antes. Ainda não percebi porque está há tanto tempo encerrado”. Contactada a saúde pública das Caldas da Rainha, fonte daquele organismo assegura que as análises têm sido realizadas com a regularidade, mas os resultados ainda não são seguros para retomar os tratamentos. A mesma fonte explica que estão a ser feitas análises de bacteriologia geral no hospital termal e não análises específicas à legionella. “Os resultados umas vezes estão bem outras vezes não. Atualmente estão a ser feitas análises de bacteriologia geral. A legionella, por ser um micro organismo, tem outro tipo de análises. Já as análises de bacteriologia geral, embora também tenham micro organismos, não são patogénicos, mas em quantidades elevadas são indicadores de que podem existir infeções. Ou seja, quando se resolver esta questão é que se pode passar para a seguinte”, descreve. O que também não ajuda à imagem do hospital termal são as obras do largo da Rainha Dona Leonor. A câmara apresentou um projeto que dignificava o hospital e o largo. Porém, o centro hospitalar decidiu impugnar a solução, apesar de a mesma ter sido apresentada e discutida. Fizeram-se mais reuniões e chegou-se a uma obra que nunca foi apresentada à comunidade, mas que foi executada. O resultado está patente, já que diariamente são partidos os pinos, os carros continuam a estacionar no meio do largo, existem viaturas a fazer inversão de marcha, criando um caos naquele espaço. O presidente da câmara já disse que não está contente com o que viu e mandou como solução rápida colocar bancos em pedra para substituir os pinos de cimento. Esta colocação resolveu parte do problema, mas não a imagem do espaço, que parece mais estar em guerra do que requalificado.
Profissionais da VMER sem receber há mais de um ano
A sua dedicação é incontestável ao ponto de alguns profissionais da VMER das Caldas da Rainha não receberem há mais de um ano e mesmo assim todos os dias estão na rua a salvar vidas. A administração do CHON diz que esta situação se deve a um problema administrativo e que está nas mãos da ARS-LVT, mas a mesma ARS-LVT responde que “o assunto deve ser posto à administração do centro hospitalar”. O hospital das Caldas defende-se referindo que no caso dos “profissionais que eram pagos através da ARS do Centro (através de um protocolo existente ainda no tempo em que o Hospital das Caldas estava tutelado por essa ARS), dado que se tratam de médicos da carreira de medicina geral e familiar (pertencentes aos quadros de centros de saúde e que fazem periodicamente alguns turnos na VMER), o pagamento é feito através de protocolo com a ARS-LVT (por não haver outra forma legal), pelo que o protocolo antes existente com a ARS do Centro está neste momento em atualização, com vista à regularização da situação. Assim que tal suceder superiormente os valores referentes aos turnos efetuados serão imediatamente liquidados”. A administração do CHON esclarece ainda que os pagamentos dos médicos e enfermeiros que prestam serviço na VMER “estão em dia, tal como todos os outros no Hospital”, com a exceção daqueles que são médicos de família.
Carlos Barroso
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