“Foi enviado um e-mail para um jornal com acusações à minha pessoa e que atentam contra o meu bom nome, honra e dignidade, acusando-me de procedimentos e atitudes incorretas. Eu desconheço o teor do e-mail, mas pelo que me é dado a conhecer, refuto totalmente. Mediante um ataque destes, que não sei de onde vem, apenas o jornal me disse que recebeu um e-mail e que muito provavelmente seria de alguém do PSD, aquilo que fiz foi apresentar na quarta-feira uma participação no Ministério Público, no sentido de apurar a verdade e também averiguar de onde vem esse e-mail para notificar e identificar o emissor”, disse o autarca caldense. Segundo Hugo Oliveira, as difamações, para já, contra desconhecidos, serão levadas até às últimas consequências, porque pretende apurar responsabilidades. “A carta alegadamente diz que haveria um envolvimento com o fornecedor de espetáculos ao município e que também forneceu serviços ao PSD. É verdade que este empresário forneceu serviços durante a campanha autárquica de 2009 e que o PSD lhe deve dinheiro. Mas nada tem a ver com os serviços da autarquia”. “Há aqui uma intenção clara de manchar o meu nome. Não sei se dentro ou fora do partido, porque eu estou disponível a ser candidato à câmara pelo PSD e quero ser sufragado internamente no PSD nesse sentido”, apontou. “O envio deste e-mail é um ato de cobardia”, manifestou, assumindo que provavelmente o estão a desviar da corrida à câmara. “Eu não sei se o e-mail tem esse efeito ou se tem efeito contrário. Eu nunca fui pessoa de desistir de nada. Sinto-me preparado para ser candidato e por isso propus um sufrágio interno no PSD das Caldas. Todos os militantes podem dizer de sua justiça e escolherem o seu candidato. Esta decisão ainda não aconteceu, mas vai acontecer”, referiu. Hugo Oliveira considera estranho o envio do e-mail nesta altura em que o partido terá de apresentar um nome de sucessor a Fernando Costa. “Já falei com o Dr. Fernando Costa e esta situação afeta-o a ele também. Não é do interesse do PSD que isto suceda. Se há alguém que esteja a criar estas condições para ter um facto político, deve ser identificado”, sustentou o vereador. Hugo Oliveira tinha na passada sexta-feira uma reunião no PSD das Caldas e como vice presidente da concelhia iria pedir para abordar o tema, mas à última hora o encontro foi desconvocado por telefone. Já o presidente da câmara e presidente da concelhia optou pelo Facebook para tomar pública a sua posição sobre esta matéria, dizendo que só em parte as notícias são verdadeiras. “Estava acordado com esta e outras empresas que o município fornecia o gasóleo necessário ao gerador na realização de eventos culturais, por sair mais económico à autarquia. Quando fui informado que este empresário estaria a levantar gasóleo em excesso proibi de imediato quaisquer fornecimentos adicionais e suspendi qualquer outro serviço com esta empresa. Mandei, de imediato, abrir um inquérito para apurar as quantidades levantadas em excesso. O inquérito foi agendado para reunião de câmara em agosto de 2012. Neste momento, atribuir responsabilidades pessoais a quem quer que seja é injusto, pois não estão, ainda, provados eventuais desvios de combustível”, escreveu no seu mural. À agência Lusa, Fernando Costa esclareceu que terão sido abastecidos por parte do empresário cerca de 8.500 litros de gasóleo, num valor de 12.770 euros referentes a espetáculos realizados desde 2008, no âmbito dos pelouros de Maria da Conceição e posteriormente de Hugo Oliveira. O autarca explicou ainda que não foi dada autorização a qualquer pessoa para abastecer durante a campanha do PSD, evidenciando que o que está em causa é saber se o empresário levou ou não gasóleo a mais, acusando que o empresário está a agir de uma forma de chantagem por a câmara não lhe encomendar mais serviços. O JORNAL das CALDAS tentou contactar com o proprietário da empresa, Alberto Pinheiro, mas este nunca atendeu o telefone. Contudo, à agência Lusa disse que está no meio de guerras políticas, garantindo que não foi ele quem enviou o e-mail. Já Hugo Oliveira esclarece que o procedimento da câmara foi que o fornecedor de som, gerador para eventos, no final do espetáculo, abastecia o gerador para ficar ao mesmo nível que estava inicialmente. “Este é o procedimento e não fui eu que o estabeleci. Eu apenas cumpri o que estava estabelecido há muitos anos”, sublinhou. “A empresa fez espetáculos para o PSD em 2009 e apresentou uma fatura ao PSD. O PSD ainda não pagou e deve pagar. Por outro lado, a câmara não deve diretamente, porque quem contratou a empresa foi a ADJ, a associação que gere o Centro da Juventude. A ADJ ainda não pagou porque ainda não foram transferidas as verbas para a associação. Todos os eventos e espetáculos estão assinalados e identificados”, assegurou Hugo Oliveira. Carlos Barroso
Hugo Oliveira pede intervenção do Ministério Público para esclarecer abastecimentos de gasóleo

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Hugo Oliveira acredita estar perante um ataque ao seu bom nome (foto Marcos Pinto) -
Hugo Oliveira acredita estar perante um ataque ao seu bom nome (foto Marcos Pinto)
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