A cerimónia foi uma das mais participadas de sempre. Iniciou com as palavras de boas vindas do presidente do clube, Joseph Shulze que sentiu nos presentes “uma grande amizade pelo homenageado”, revelando que também “os elementos do Rotary Clube têm uma grande afeição uns pelos outros e que são como uma grande família”. Aos 18 anos, refletindo a confiança que José Pena Júnior (proprietário da mercearia na altura) nele depositava, já tinha chaves da mercearia e foi progressivamente assumindo maiores responsabilidades. Um dos fatores diferenciados da Mercearia Pena, sempre foi a qualidade do seu café. Para garantir que o café estava sempre presente nas manhãs da loja, Vítor Santos levantava-se mais cedo e ia ao armazém da loja torrar o café, permitindo que estivesse disponível. Voltava para casa, tomava banho e estava na abertura do espaço comercial pelas nove da manhã. “Em 1974, pela primeira vez gozei férias, tendo o estabelecimento fechado por 15 dias no mês de setembro”, relatou Vítor Santos. A implantação das grandes superfícies na cidade, na década de 80 e 90, levou à venda da mercearia Pena a “um amigo de longa data, Alberto da Bernarda”. O homenageado elogiou o trabalho do atual proprietário da mercearia Pena, que gere a loja com o seu filho, Rui da Bernarda. Vê como agrado a nova vida da mercearia que, modernizada e adaptada aos novos tempos, teve a sabedoria de manter a ligação às suas raízes e tradições. Agradeceu aos rotários por terem escolhido o pai como o profissional do ano 2012 e agradeceu a Alberto da Bernarda por ter adquirido a Mercearia Pena e por continuar a dar-lhe prestígio. “Quando vejo notícias das novidades da mercearia nos jornais e a página na Internet fico muito satisfeito”, declarou Pedro Mil Homens.