“Este livro surge de uma seleção de textos que foram escritos na sua maioria no JORNAL DAS CALDAS entre 2000 e 2002, na altura no espaço semanal “Contos e Narrativas” e que contava também com as ilustrações de Jorge Ângelo. Para além disso conta também com alguns textos que saíram em sites culturais e literários como a Non, a Storm Magazine ou o site Letras & Letras, fazendo parte também alguns inéditos que só viram a luz do dia no próprio livro”, relata Nuno Ângelo.
“A inspiração principal são as próprias pessoas e o entendimento que retiro da observação das mesmas, momentos, imagens, estados de alma. São textos tão brutalmente reais ou perto da realidade que o leitor vai-se rever pelo menos numa das várias histórias que compõem o livro. De referir que os ambientes onde se passam as histórias são reais, e as personagens pessoas que se questionam e procuram a razão de estarmos aqui e não ali, quem somos e para onde vamos, o que nos move e o que nos faz mudar, no fundo e acima de tudo alguns dos textos continuam estranhamente atuais. O mar tem aqui um grande peso de elemento reconciliador e pacificador mas também libertador, o mar está presente em 90% deste livro”, refere.
O título “Sofás de Praia” tem a ver com “a constante presença de ambientes marítimos ao longo do livro, as cidades vizinhas das praias, e as praias como tubo de escape das próprias cidades, o encontro do silêncio e da pessoa consigo própria, a tentativa de resposta às muitas questões junto do mar e da praia, ambientes favoráveis a essa meditação, assim como se nos pudéssemos sentar em sofás na areia da praia e responder a todas as nossas questões aproveitando o cheiro da maresia”.
A capa do livro surgiu após espreitar as fotos de uma exposição de fotografia a preto e branco que fez em 2004 em Lagos, na Fortaleza da Ponta da Bandeira, e que se intitulou “À espera de um sinal de Neptuno”, tendo-lhe surgido uma foto destacada das outras, a de uma maré vazia da Praia do Beliche, em Sagres, num dia de inverno mas com muito sol.
O livro encontra-se à venda em diversas livrarias um pouco por todo o país, nas Lojas FNAC e Lojas Bertrand, com descontos especiais se adquirido nas lojas online das respetivas cadeias.
Quanto a projetos literários para o futuro, Nuno Ângelo conta que “gostava de continuar a escrever este género de narrativas, mas conto escrever um “longa duração”, ou seja, um livro que tenha uma história contínua e longa, uma novela, escrever como quem lavra a terra, mas só quando tiver de novo uma mensagem para dizer, não gosto de escrever só por escrever, todos os meus textos têm uma mensagem que gosto de fazer passar, portanto, assim que sentir de novo essa necessidade voltarei à escrita”.
Francisco Gomes
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