Também a líder da bancada socialista, Catarina Paramos, criticou as obras de regeneração urbana. “Toda a gente vê que está mal. Toda a gente vê que não vai resultar. O que assistimos hoje é mau demais para ser verdade. Materiais e acabamentos de péssima qualidade, soluções alteradas a meio da obra e em cima do joelho, zonas verdes que estavam previstas no projeto e que de repente deixam de ser contempladas. O que as pessoas veem hoje nas suas ruas, muito pouco tem a ver com o projeto inicial que foi aqui apresentado”, sustentou Catarina Paramos. Vítor Fernandes, do PCP, concordou com a opinião de Alberto Pereira sobre o arranjo do largo do termal. “De facto perdeu-se uma oportunidade para melhorar o espaço. Aquilo que ali está, é uma vergonha. A obra poderia ser um cartão de visita e assim envergonha-nos”, disse. O comunista quis ainda saber “porque é que a rua João de Deus está sem luz elétrica há várias semanas. Não se vê nada”. Também o deputado do CDS, Duarte Nuno, disse que a regeneração urbana “ficou aquém das expectativas”. Por outro lado considerou uma vergonha o estado em que se encontra a cidade, “porque continuam a não lavar os caixotes do lixo, a não limpar as ruas e a não combater a grafitagem das ruas. Está a dar cabo do comércio. Não torna a cidade aprazível. Esta seria a principal medida de uma grande regeneração urbana”, declarou. Na resposta, Tinta Ferreira lembrou que a obra “é da câmara municipal e estava projetada de uma determinada forma, mas foi necessário fazer modificações consciencializadas com o Centro Hospitalar”. O vice presidente indicou que “o próprio presidente da câmara já manifestou que não está satisfeito com o resultado final. “Vamos obviamente melhorar aquilo que está lá construído”, garantiu. Quanto às obras da regeneração urbana disse que as mesmas “ainda não estão acabadas e só quando estiverem acabadas é que a população avaliará”. “Estamos atentos para fazermos as melhorias e correções que forem necessárias, desde que haja aprovação dos órgãos próprios, de forma a que se vá ao encontro daquilo que são as expectativas das pessoas”, anunciou, referindo-se a um acordo com o gabinete de planeamento do centro hospitalar, que impôs a solução atual. Quanto aos grafitis, o vice presidente disse “aguardar” propostas, porque “não podemos estar em permanente limpeza porque não temos capacidade para isso. Falta-nos imaginação para outro tipo de soluções que nos possam ajudar a resolver efetivamente este problema”, disse. Quanto à falta de luz no largo João de Deus, disse ter tomado nota e mandar averiguar.
Carlos Barroso
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