PCP e PSD falaram um pouco do assunto durante a última assembleia municipal, mas todos os restantes partidos foram mais contidos na abordagem ao tema. Vítor Fernandes, do PCP, defendeu que a entrega a privados possa ser defendida ou contestada. “O ministério da saúde tem todas as condições para gerir o hospital, que deveria continuar no Serviço Nacional de Saúde, e todo o património deveria continuar no ministério da saúde, com vantagens para o desenvolvimento futuro das Caldas. Um investimento de três milhões de euros, que são trocos para o governo, poderia resolver a situação atual”, disse. O deputado do Bloco, Lino Romão, considerou que “a câmara está muito desejosa de assumir a gestão do parque e da mata”, mas se o ministério da saúde diz que não tem vocação para gerir um hospital diferenciado, vai ter de a procurar, porque se não tem vocação, muito menos tem uma câmara municipal”. Quanto aos investidores, sustentou que “é a conversa de sempre com fundos do QREN e com participações públicas para depois entregar a um privado que se limita a explorar. Assim também eu não me importo de fazer parte de uma sociedade que venha explorar o termal. O modelo desta parceria deixa os custos do lado do público e os rendimentos para o privado”. Por último lançou um repto à autarquia para que “antes de assumir a gestão e manutenção do parque e da mata, deveria de se preocupar com a gestão e manutenção dos seus espaços públicos”. O vice presidente da câmara, Tinta Ferreira, manifestou que “no que respeita a tratamentos no âmbito do serviço nacional de saúde, só aqueles que pertencem ao centro hospitalar distrital é que têm comparticipação. Não foi o PSD, nem este governo que fez isso. Não estamos desejosos da gestão, só que se o governo de Portugal não resolver o problema das análises, do telhado e das canalizações do termal, nós estamos disponíveis para comparticipar. Se não mandar pessoas tomarem conta do parque e da mata, estragam-se. É óbvio que nós devemos combater isso”.
Carlos Barroso
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