“Nós votamos contra porque não faz sentido outra votação. Se somos claramente contra a extinção de freguesias, admitir um referendo é admitir a extinção de freguesias e portanto não faz sentido”, disse Vítor Fernandes. Já o PSD justificou o seu voto pela voz de Miguel Goulão. “Não podemos ser favoráveis a um referendo que nem sequer tem uma questão para referendar. Não sabemos que juntas estão propostas para ser extintas. Por isso é que o PSD votou contra esta proposta”, declarou. “Fomos eleitos para decidir e não devemos de ter medo de tomar decisões. Espero que se aproveite esta oportunidade para tornar o mapa territorial e administrativo mais eficaz e prestar um melhor serviço às populações poupando dinheiro aos contribuintes”, disse o deputado Duarte Nuno, do CDS “O PS votou favoravelmente porque vota sempre qualquer proposta de auscultação da população. Independentemente da extinção ou agregação ou fusão das freguesias, nós achamos que a população é quem deve ter a última palavra”, alegou Catarina Paramos, em nome do PS. “Ficou aqui claro quem defende o aprofundamento da democracia e quem está decidido em retroceder. O PSD, à imagem do partido nacional, diz uma coisa e faz precisamente o contrário. Temos pena que os presidentes de junta não tenham aproveitado esta oportunidade para se colocarem ao lado das populações”, lamentou Lino Romão, do BE, que apelou aos presidentes de junta para votarem favoravelmente. Depois do desafio do bloquista, Vasco Oliveira, presidente da junta de Nossa Senhora do Pópulo e um dos principais críticos a esta lei, declarou que “votei contra o referendo, porque não há tempo. Na altura de votar contra esta lei, cá estaremos”. A proposta de referendo, sem qualquer pergunta a referendar, foi rejeitada com 27 votos contra e seis a favor. Antes da votação o assunto tinha sido discutido em sede de comissão, onde não se chegou a qualquer consenso.
Carlos Barroso
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