“Hoje fomos ver aquilo que é a nossa preocupação e onde chegam 140 doentes por dia na urgência. Isso é a nossa preocupação para que eles tenham melhores condições. Fomos ver as enfermarias onde estão alojados os doentes. Fomos ver onde estão efetivamente os doentes, numa unidade muito importante para toda esta região”, explicou. O responsável apontou que nos últimos anos o hospital termal não tem gerado receita, mas antes despesa. “O hospital termal vai ser gerido futuramente por quem sabe fazer uma estância termal de prestígio. Caldas tem direito e merece que um monumento histórico e uma atividade com tantos anos progrida. Não é vocação do Ministério da Saúde gerir estâncias termais, é gerir locais onde tratamos doentes agudos, doentes crónicos, os nossos idosos, as grávidas e as crianças”, afirmou. O presidente da ARSLVT não concorda com aquilo que alguns partidos defendem, que é, além da alienação do termal, o mesmo se mantenha no Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Não há nenhum local do país onde o SNS esteja a gerir termas. São instituições particulares de solidariedade social e privados. A decisão de passagem será quando o ministério quiser, em articulação com a câmara”, frisou. As declarações foram produzidas após a inauguração de uma unidade de rastreio do cancro da mama, onde Cunha Ribeiro explicou o seu atraso na cerimónia por ter visitado o hospital das Caldas, tendo constatado algumas obras que são necessárias. “A administração solicitou investimento para melhorar na cirurgia e na urgência, e a ARSLVT tem o interesse que funcione o melhor possível. Viemos ver e agora temos a nossa opinião. Juntamente com o conselho iremos tomar as medidas necessárias”, referiu. Sobre o facto de não estar operacional o aparelho TAC que foi adquirido no tempo da administração de Manuel Nobre, Cunha Ribeiro espera que o equipamento seja posto a funcionar em breve. “Fomos ver e perceber onde deveria ser instalado. Realmente não há justificação para não fazermos as obras rapidamente. Todos sabemos que se vivem momentos muito difíceis do ponto de vista financeiro, mas isso não significa que coisas essenciais, como as obras para ter o TAC, não se façam. Vão ser feitas o mais rapidamente possível. A minha especialidade não é construção civil e por isso não posso dizer quando estarão concluídas”, disse. Sobre a constituição do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Cunha Ribeiro espera que no mais curto espaço de tempo seja nomeada a futura administração. “O senhor ministro não gosta de perder tempo com coisas óbvias e criando um novo centro hospitalar temos de ter uma nova administração. O novo centro terá o mínimo tempo possível sem nova administração. Até lá mantêm-se as duas administrações”, assegurou, não querendo dizer se Carlos Sá, o atual administrador do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) ficará ou não. Sobre o processo das escolhas de especialidades que ficam num ou noutro hospital, o presidente da ARSLVT afirmou que “nada melhor do que as pessoas que estão no local para definirem isso. A ARSLVT estudou o assunto, o ministério tem uma ideia, mas compete ao conselho de administração que for nomeado analisar em função das necessidades das populações, dos edifícios e das instalações existentes e dos ganhos em saúde, definir qual é a melhor distribuição de especialidades”. “Vai ser o primeiro conselho do CHO a fazer isso com o apoio da ARSLVT”, garantiu. Quanto à continuidade do hospital de Peniche, Cunha Ribeiro explicou também que será a futura administração que “terá de olhar para a região como um todo, sabendo que tem de prestar cuidados a esta população do Oeste e ver os recursos que tem, maximizando os ganhos em saúde. Nós sabemos que os orçamentos são reduzidos dada a situação em que o país se encontra e por isso com o que temos, teremos de fazer o melhor possível. Esse é o desafio e o compromisso ao assumirem funções”, concluiu. Confrontado com as declarações do presidente da ARSLVT, Carlos Sá comentou apenas que a visita “foi para mostrar a realidade do hospital no que diz respeito às urgências, para se perceber no futuro que medidas é que terão de ser implementadas”. O responsável não quis dizer quais são essas medidas.
Carlos Barroso
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