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Inaugurada unidade móvel de rastreio do cancro da mama

Carlos Barroso

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Apesar de estar a funcionar há algum tempo, foi formalmente inaugurada a unidade móvel de rastreio do cancro da mama, que está estacionada em frente ao centro de saúde das Caldas.
cerimonia de apresentação da nova unidade serviu também para fazer um balanço das questões da saúde nas Caldas/foto Carlos Barroso

Vítor Rodrigues, da Liga Portuguesa contra o Cancro, declarou que a unidade estacionada na cidade “é um marco na nossa história, uma vez que tivemos a mamografia analógica, há cinco anos fizemos a digitalização da imagem e hoje está aqui uma unidade com tecnologia mais recente. É um financiamento pesado, mas não é mais nem menos do que devolver à população aquilo que a população nos entrega para o bem comum, seja no rastreio do cancro da mama, seja em prevenção primária e sobretudo no apoio ao doente e às suas famílias, não só a nível psicológico, mas cada vez mais do ponto de vista financeiro”, disse. O dirigente reforçou a ideia de que é nos cuidados primários que “deve ser feita a medicina preventiva”, recebendo um auxílio enorme dos médicos de família e de todos os profissionais de saúde. Já Teresa Luciano, diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, aproveitou esta cerimónia, onde esteve presente o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e dias depois da publicação da nova figura administrativa para a saúde no Oeste, para apresentar resultados durante a sua governação, dando ideia de uma recandidatura ao lugar da nova administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), naquilo que diz respeito aos agrupamentos de centros de saúde. “Estamos todos informatizados. Temos sete Unidades de Saúde Familiar (USF) e ainda mais uma candidatura a outra. Aguardamos pela mobilidade dos profissionais para a sua concretização. Temos oito Unidades de Saúde Pública (USP), três UCC (Unidades de Cuidados na Comunidade) e quatro Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) em funcionamento. Temos realizado um percurso de funcionamento ao longo destes anos, que nos orgulhamos e que só foi possível fruto do empenho e esforço de todos. No primeiro de semestre de 2012, em consultas de planeamento familiar a ARSLVT cresceu oito por cento, e o ACES Oeste Norte obteve um crescimento de 42,5 por cento e em número absoluto somos quem mais consultas realizou, cerca de 16200 consultas”, afirmou. Já sobre a unidade móvel de rastreio do cancro da mama, a diretora lembrou que este equipamento possui “uma nova tecnologia”, para “combater um flagelo que não escolhe idade, raça ou estrato social”. Por último, deu os parabéns ao sexto aniversário da USF de Tornada, uma vez que estava presente Luís Pisco, vice presidente da ARSLVT e mentor deste projeto nas Caldas. De seguida falou Maria Conceição Jardim, vereadora da câmara das Caldas da Rainha e também deputada do PSD na Assembleia da República, que aproveitou a ocasião para falar mais do problema do termalismo do que sobre a nova unidade móvel. “Ao nível do Oeste muitas coisas estão a mudar. Já se confirmou a fusão dos dois centros hospitalares. Estamos atentos e expectantes que isso venha não só dar a Caldas uma continuidade que sempre o centro hospitalar deu aos utentes, mantendo as suas valências, mantendo a sua qualidade de resposta e serviço, mas acima de tudo valorizando uma unidade que para nós é crucial, que é o hospital termal”, começou por dizer. “O hospital termal é a joia da coroa e todos os caldenses e a autarquia vão estar atentos a todo o processo”, sustentou, lembrando ao presidente da ARSLVT que “a melhor solução, num momento de grande viragem na cidade, é de agarrar, quer a autarquia, o ministério, todos os caldenses e todos os que amam o hospital termal, esta oportunidade, mas que também nos deem a ajuda para nós concretizarmos o sonho de Rodrigo Berquó e fazer das Caldas da Rainha uma grande estância termal, uma referência nacional e internacional. Seremos parceiros sérios de olhos nos olhos, para que a saúde nas Caldas continue a ser uma marca”, manifestou. Mudando o discurso para aquilo que a levou à cerimónia, Maria da Conceição vincou que “é na área dos cuidados primários onde muitas vezes as coisas se resolvem. É na prevenção. Os cuidados primários podem evitar aquilo que todos nós, no dia a dia, verificamos com caos nas urgências dos hospitais”, disse. “Acreditamos que uma prevenção, um acesso das famílias aos cuidados primários podem ajudar. Hoje é um dia de festa e onde se dá um passo importante para o combate a uma doença que atinge todas as famílias em Portugal. Estamos aqui a dar um passo para que as mulheres desta região possam prevenir e evitar esta doença. Felicito a Liga Portuguesa contra o Cancro pelo grande trabalho feito ao longo de décadas, não só na prevenção como na ajuda a quem atravessa esses momentos difíceis. Ao inaugurarmos uma unidade que ajuda a que mais mulheres possam eventualmente ganhar muitos dias à sua vida, quero felicitar esta iniciativa, porque todos os concelhos do ACES vão passar a usufruir de um equipamento que vai ajudar a salvar”, concluiu Maria da Conceição. Luís Cunha Ribeiro, presidente da ARSLVT, foi na linha de pensamento da deputada e vereadora ao falar sobre o hospital termal. “Caldas tem uma ambição da estância termal. Pelos vistos foi ambição da monarquia que não conseguiu e agora espera que a república a consiga. O ministério da saúde verá isso com muito agrado e terá o seu apoio, mas uma grande estância termal não faz parte do core business do ministério da saúde porque temos de tratar doentes. Seremos sempre parceiros ativos apoiando a iniciativa da sociedade civil, onde o hospital, legitimamente dos caldenses, deve regressar para construírem e conseguirem esse sonho que interessa não só às Caldas, mas a todo o país”, declarou. O presidente da ARSLVT anunciou ainda que esteve antes no hospital das Caldas a fazer uma visita. “A nossa preocupação é imensa quando visitamos sítios e sabemos que não estamos a dar pelas condições físicas que não temos, pelo dinheiro que não temos, e tentar fazer coisas com grande imaginação, porque é esse o desafio que temos, com menos dinheiro, tentar fazer mais”, apontou. Já sobre a unidade móvel instalada nas Caldas, Cunha Ribeiro afirmou que “a Liga Portuguesa contra o Cancro é um parceiro ativo da sociedade civil, porque não esteve à espera que o Estado desse subsídios para fazer alguma coisa. Quanto mais forte for a sociedade civil, mais forte será o nosso país”. Jorge Nunes, diretor de saúde da região Oeste, indicou que tem recebido apoio no Oeste na área da prevenção da doença, vincando o papel da comunicação social local “ao divulgar junto das populações os programas e projetos de modo a serem as pessoas a construírem a sua saúde”. Lembrou que os rastreios são importantes, enaltecendo o que vai ser feito no âmbito da prevenção do cancro da mama. Porém, divulgou outros que são usuais ou que vão ser realizados no Oeste, como são os casos da tuberculose, diabetes, cancro do colo do útero e muito brevemente o rastreio HIV. “A região está com muita necessidade desse tipo de intervenção. Estamos desprotegidos. Temos parceria com o centro hospitalar. Temos três locais de atendimento, em Caldas, Peniche e Alcobaça, de modo a cobrir toda a população”, explicou. O médico de saúde pública lembrou que o tabagismo e obesidade podem ser fatores para o desenvolvimento do cancro da mama, mas existem projetos direcionados para esse tipo de problemas de saúde. Para participarem neste rastreio do cancro da mama, e não só as mulheres, podem-se dirigir à carrinha parada junto ao centro de saúde das Caldas de 2ª a 5ª das 9h às 13 e das 14h às 17h30 ou às 6ª das 9h às 13h, ou ainda esperar que os habitantes de cada freguesia sejam convocados, segundo informação e horário divulgado pelo centro de saúde e que publicamos em anexo. Teresa Luciano, no final da cerimónia, divulgou ainda alguns números dos rastreios do cancro da mama, descrevendo que este tipo de iniciativas começaram na região centro em 1986, pela liga. A nível nacional já foram executadas 1,6 milhões mamografias que detetaram 2200 cancros. O rastreio no Oeste começou há 21 anos, por Alcobaça e Nazaré. Segundo os dados até ao mês de agosto, já tinham sido convidadas 94.154 mulheres, das quais 70.192 participaram nesse rastreio.

Carlos Barroso

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