A mesma fonte disse que o médico que garantiu o serviço durante a noite e fim de semana, “saiu e não tinha outro que o substituísse” e desse seguimento ao normal acompanhamento das grávidas aí internadas. O serviço de obstetrícia e neonatalogia das Caldas da Rainha luta ainda com falta de material, inclusive “linhas em condições que permitam os médicos efetuarem suturações durante as cesarianas”, disse a mesma fonte, que denunciou que na madrugada de segunda-feira “o médico teve de pedir aos colegas do bloco linha para coser uma grávida após uma cesariana”. Segundo apurámos junto de algumas grávidas que estão a ser acompanhadas pelo serviço, existe algum descontentamento por esta instabilidade no quadro médico. As mulheres garantem que não querem ser transferidas para outro hospital, porque além de ficar mais caro, estão a ser acompanhadas nas Caldas, e recusam-se por isso a identificarem-se por receio. Além disso a falta de clínicos e as constantes quebras de serviço provoca-lhes nervosismo que pode ser transferido para o feto, havendo em alguns casos, como são as gravidezes de risco, receios de mais complicações por não terem acompanhamento no momento de urgência. Há outras que já foram avisadas para caso do bebé for nascer durante a noite, devem telefonar primeiro para o serviço para saberem se podem ir para Caldas ou se terão de ir diretas às maternidades de Leiria ou de Torres Vedras. O JORNAL das CALDAS enviou questões ao conselho de administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON), que respondeu que a maternidade encontra-se a funcionar normalmente, com urgência interna e externa. Não é do conhecimento do CA que exista falta de material no serviço. Contatado o presidente da câmara das Caldas, Fernando Costa, o mesmo desconhecia esta situação e garantiu que se iria inteirar dela para mais tarde tomar uma posição. Ainda assim o presidente da câmara garante que a fusão e constituição do Centro Hospitalar do Oeste pode ser benéfica para a maternidade das Caldas, uma vez que os médicos que estão atualmente ao serviço em Torres Vedras serão transferidos para Caldas e assim será garantido o pleno funcionamento da maternidade. A instabilidade vivida no último ano na maternidade das Caldas poderá levar a que a taxa de partos não seja garantida.
Carlos Barroso
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