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Caldense em Timor-Leste para incentivar negócios

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Um caldense, Sérgio Mil-Homens, de 23 anos, está inserido numa organização não-governamental (ONG) formada por recém licenciados em Gestão, Economia e Engenharia, e relacionada com o Microcrédito, designada Católica-MOVE, criada na Universidade Católica Portuguesa, que se encontra em Timor-Leste com o objetivo de dar formação ao nível de gestão e plano de negócios a empreendedores locais de modo a criarem os seus próprios negócios e atribuir um microcrédito aos projetos com maior viabilidade económica. Periodicamente deixa-nos o relato da sua experiência:

A presença portuguesa

Nestes breves parágrafos seguintes farei uma pequena descrição da presença portuguesa em Timor-Leste, saindo este artigo fora da índole do MOVE com tem sido pautado anteriormente.

A comunidade portuguesa tem vindo a crescer em Timor-Leste, nos últimos anos devido em parte ao desenvolvimento da economia deste país, impulsionado essencialmente pelas suas reservas off-shore (no mar) de petróleo e gás natural. Atenção que as reservas de gás natural são já superiores às de petróleo. Este encontra-se essencialmente na costa sul do país, na zona de fronteira marítima com a Austrália. Este setor é dominado essencialmente por australianos, americanos e italianos (ENI).

Existem em Timor-Leste múltiplas oportunidades para portugueses, tendo em conta a situação vivida atualmente no país, os salários oferecidos aqui são elevados comparado com Portugal. Um exemplo, ao nível dos cargos em órgãos públicos, o vencimento de um assessor ou funcionário internacional português pode ser bem superior ao do primeiro-ministro em Portugal. As maiores oportunidades são talvez ao nível da educação, com a presença de centenas de professores portugueses, com acordos com a Cooperação Portuguesa, de modo fomentar o português, que é falado apenas por 25% da população. Talvez a empresa mais global em todo Timor-Leste é portuguesa, Timor Telecom, do grupo PT, atualmente é uma empresa monopolista no setor das comunicações. Mas o cenário vai mudar no fim deste ano, com a liberalização do mercado e haverá entrada de concorrentes indonésios.

Existem ainda uma dúzia de empresas de construção e de projeto portuguesas, a Ensul é a maior, número que pode aumentar facilmente, havendo paciência, é um mercado confuso, mas com elevadas margens de crescimento, devido ao simples fato de o ciclo de obras públicas ainda estar por iniciar (as estradas estão na sua maioria em muito mau estado). Existe uma disseminação de produtos portugueses nas lojas e um supermercado português chamado Páteo, que existe em Portugal na forma de restaurantes. Existem igualmente escritórios de advogados portugueses, prática muito restrita para estrangeiros, mas que através de acordos de cooperação é facilitado aos portugueses.

Deve assim ser feito um esforço para que o número de empresas portuguesas em Timor-Leste aumente, ainda mais com todo o intercâmbio ao nível de negócios com os países circundantes, como Indonésia, China e Singapura. Os trabalhos qualificados, bem remunerados, são essencialmente executados por expatriados, australianos principalmente. E com isso aumentam a sua presença no país, a generosidade tem sempre um preço, enfraquecendo um dos dois pilares da independência timorense, a língua portuguesa. A outra é a religião (católica na esmagadora maioria).

Sérgio Mil-Homens

Donativos: Nome: MOVE – A M EMPREENDEDORISMO

NIB: 0036 0298 99100020007 43

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