Em cima da mesa esteve a continuidade do CNO, que, de acordo com o que está orçamentado, apenas poderia continuar a funcionar até ao final deste mês de agosto. “Reivindicamos junto da secretária de Estado um reforço do orçamento para que a região Oeste continue a ter este tipo de formação e certificação pelo menos até ao final do ano”, explicou Ricardo Ribeiro.
E porque o CNO de Torres Vedras, ao longo dos últimos 10 anos, teve mais de 10 mil inscrições, tendo feito quase 3500 certificações, acaba por ser um dos mais importantes da região. Importante ao ponto de a ASSEFA (Assessoria de Educação e Formação de Adultos) de Óbidos não ter nenhum centro por entender que o de Torres Vedras era suficiente.
Com o encerramento do CNO de Torres Vedras, Óbidos deixa de ter uma resposta para a certificação de competências dos seus munícipes. “Neste momento, ambos os serviços funcionam de forma complementar e é isso que queremos manter, permitindo uma política descentralizada de centros de formação”, afirmou o autarca.
Por tudo isto, o vereador da Câmara Municipal de Óbidos manifestou “a importância que as ASSEFA e os CNO têm do ponto de vista social, numa lógica de política de proximidade que tem vindo a ser seguida por este Município”. “Temos tido um número cada vez maior de pessoas neste tipo de formação, o que é muito positivo e nos dá muita esperança para o futuro da nossa população”, sublinhou.
O autarca descreveu ainda a Isabel Leite “as necessidades, por parte do Município de Óbidos, de certificação dos funcionários públicos, para que possam progredir, dentro da estrutura, a outras funções”, aumentando-lhes o seu conteúdo funcional. “Com a melhoria das habilitações literárias da nossa população, sentimos também um aumento de inscrições no ensino superior, o que nos satisfaz bastante”, frisou.
Do ponto de vista social, a comitiva manifestou ainda “a importância dos 14 postos de trabalho no Centro Novas Oportunidades de Torres Vedras, que estão em risco”.
De acordo com Ricardo Ribeiro, a secretária de Estado disse que iria “analisar com detalhe a posição da ADRO em relação a esta matéria”, acrescentando “que iria fazer tudo para que o CNO de Torres Vedras continuasse a funcionar nas mesmas condições”.
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