“Nesta altura ainda não temos números, mas a apreciação que fazemos em conversa com os hoteleiros, no atual contexto podemos dizer que estamos com um verão excelente”, indicou o responsável.
“Houve vários fatores que alteraram a realidade da região em termos de procura, nomeadamente as condições atmosféricas excecionais. Nos anos anteriores as pessoas faziam reservas, chegavam aos hotéis e o mar estava bravo, a água fria, e havia nevoeiro, por isso iam-se embora. Este ano isso não aconteceu. É um verão como ninguém se lembra, em termos de temperatura de água e do ar, e quantidade de horas de sol, fazendo com que as pessoas fiquem mais tempo. Há hotéis que não baixaram preços e estão cheios”, descreveu.
António Carneiro sustentou também que “a crise e falta de poder de compra levaram a que a região Oeste, face à sua proximidade a Lisboa e também ao Norte com as novas estradas, fosse mais procurada como alternativa ao Algarve”.
Daí que haja “bastante satisfação”, uma vez que “estávamos todos preparados para pior, por isso será sempre um balanço positivo, mesmo que possa haver menos faturação do que no ano passado, mas temos de ver em termos relativos, já que têm havido quebras em muitas zonas do país”.
Contudo, reconheceu, “ninguém conseguiu subir preços, muito menos na restauração, pelo contrário”, referiu. Na restauração, declarou António Carneiro, “é mais preocupante e dramático por causa do IVA. A faturação não aumentou e os impostos aumentaram brutalmente. É um setor onde as coisas não estão a correr bem”.
Francisco Gomes
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