Esta é a opinião do promotor do evento deste ano e de milhares de pessoas que acabaram por desistir e nem sequer entraram no recinto, este ano vedado com uma rede pouco digna e que não abrilhantou a festa. “Esta não é a forma ideal para se apresentar. A festa branca não tem de ser feita neste local. A festa tem de ser feita no areal da praia, junto à zona dos bares. Tem de ser um open space. Tem de ser toda a extensão de areal da praia e da lagoa sem limitação nenhuma, com o máximo de afluência de pessoas”, disse Lino Bogalho, que este ano organizou o evento. “Queremos fazer a maior Festa Branca do país. A Foz do Arelho tem todas essas condições e faz-me confusão que alguns “velhos do Restelo” tenham bloqueado esta situação. Esperamos que isso mude. Não tem lógica nenhuma fazer a festa branca aqui neste local, porque nos limita na estrutura, limita-nos em termos de espaço. A Festa Branca não deve ter gradeamentos, tem de ser uma festa de praia e a Foz do Arelho tem areal para isso”, reforçou o empresário, que criticou algumas pessoas que passam férias na Foz do Arelho e que bloqueiam a organização. “Se há pessoas que tenham insónias, temos pena, porque é uma noite por ano e por isso estamos disponíveis para pagar uma noite num hotel às pessoas que têm insónias. A Festa Branca deve ser no areal, junto à avenida do mar”, vincou. Lino Bogalho comprometeu-se em criar condições para que o areal seja limpo logo pela madrugada e a festa não prejudique os banhistas. Esta crítica do organizador que este ano venceu o concurso para a realização da Festa Branca foi comum a muitas pessoas presentes, que criticaram as grades que vedaram o acesso ao espaço, a forma como foi montada a estrutura e até a limitação de bares disponíveis para se “matar” a sede. O aspeto positivo foi a afluência de pessoas, muito para além daquilo que estava inicialmente previsto, a presença de militares da GNR e da Polícia Marítima. Já sobre o festival do Oeste, que Lino Bogalho e a sua empresa organizaram em Alfeizerão, segundo o promotor esteve aquém das expectativas, mas mesmo assim, pretende organizar um evento de mais dias no próximo ano. “Como é um ano zero e é um ano de investimento, não nos podemos queixar. O importante foi que os presentes gostaram de lá estar, divertiram-se e gostaram das condições”, indicou. “No próximo ano é para repetir com outros moldes, com campismo de dois ou três dias e no mesmo local. Teremos de fazer de uma forma mais abrangente e assídua e com mais publicidade. Um evento mais variado de opções. Três dias, com ou sem acampamento, mais dj’s, mais zonas, mais palcos. Serão vários ambientes dentro do mesmo espaço”. Sabendo das dificuldades de criar um festival, Lino Bogalho mostra-se mesmo assim ambicioso para o Oeste ter uma marca neste tipo de eventos. “Não é fácil fazer-se um festival. É um investimento e porque existem vários pelo país e esperamos que o do Oeste seja aquele que mais pessoas albergue e que se afirme no país e na Europa”, concluiu.
Carlos Barroso
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