Apesar deste contratempo, o presidente da câmara das Caldas considera que esta festa se deve manter, porque os emigrantes merecem. “Apesar de estarmos em crise e com alguma redução de despesas, mesmo assim achamos útil, necessário e vantajoso fazer esta festa. Ou faríamos aqui ou numa freguesia como a Serra do Bouro. Chegámos a pensar nisso, mas a Expoeste é o melhor local por ter melhores condições. Os emigrantes merecem tudo pelo que fazem por Portugal. Esta festa deve-se manter”, disse o presidente da câmara. Numa altura quem que o primeiro ministro fala em emigração nos jovens, Fernando Costa afirmou que “a emigração está ligada à crise do país. Há falta de emprego no país e em toda a Europa. Algumas pessoas estão a emigrar para outros continentes, mas isto é uma questão cíclica. Toda a vida foi assim. Não é satisfatório emigrar, mas trata-se de uma opção e um desafio”. Fernando Costa lamentou que os jovens emigrem, até porque também a sua filha emigrou para Itália para trabalhar na área da moda. “É uma pena. Eu preferia que não fossem, mas há muitas áreas em que os jovens se especializam e não é possível trabalhar cá, por atingirem grandes níveis de especialização. A minha filha também é jovem e também é emigrante. Neste momento ela está em Itália a trabalhar na moda e espero que um dia ela volte para Portugal”, declarou. Confrontado se a autarquia pode inverter esse ciclo e até atrair investimentos de emigrantes, o autarca apontou que “agora é um bom momento para investir em Portugal, porque as casas estão baratas, os impostos nas Caldas são baixos e isso leva a que alguns invistam aqui”. O Dia do emigrante realiza-se há vinte anos, segundo a autarquia, que promove o convívio. Para além da animação e da festa,este é um dia de emoções fortes, uma vez que agosto é tradicionalmente o mês de férias, data especialmente escolhida pela maioria dos emigrantes para se deslocarem a Portugal. Matam saudades, trocam experiências e histórias, num clima em que as emoções fluem. Durante este evento, a artista caldense Rebeca, que este ano comemora 15 anos de carreira, foi homenageada pela comunidade de emigrantes caldenses. Rebeca, muito acarinhada pelos caldenses, é presença habitual em muitos dos eventos realizados nas comunidades portuguesas emigradas. A festa foi integrada na Expotur – Festa de verão.
Carlos Barroso
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