Claro que face ao aumento diário dessa chaga social as afirmações de Passos Coelho são incompreensíveis. Não se trata de um problema de estigma mas de sobrevivência.
Na maioria dos casos, quem está desempregado deixa de ter meios para fazer face às múltiplas despesas diárias – casa, água, electricidade, gaz, alimentação, saúde, etc, etc.
Para além do sofrimento pessoal que o desemprego origina, ao desperdiçar-se força de trabalho a economia fica mais fragilizada e a segurança social afunda-se, o que compromete a sustentabilidade do sistema, logo o pagamento das reformas.
Em contraponto às declarações do 1º ministro a troika, na última avaliação que fez ao país, mostrou-se preocupada e até surpreendida, com um tão elevado número de desempregados em Portugal.
Ora, a confirmar-se as previsões que apontam no sentido do aumento progressivo da taxa de desemprego, avizinham-se dias cada vez mais difíceis para os portugueses, uma demonstração clara do fracasso das medidas de austeridade que apenas tem conduzido ao empobrecimento geral da população.
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