Cerca do meio-dia e meia, os irmãos empresários Rafael Antunes, de 28 anos, e Élio Antunes, de 38, e o amigo, Ricardo Batista, de 30 anos, agente da PSP, todos da zona da Lourinhã, tinham acabado de fundear o semirrígido “Submerso”, de cinco metros de comprimento, matriculado na capitania do porto de Peniche, numa altura em que mar se encontrava “raso”.
Uma onda fortuita que aproveitou a descompensação de peso da embarcação quando os mergulhadores já estavam debaixo de água fez virá-la. A preocupação dos mergulhadores, que por lei não podem utilizar garrafas de oxigénio para a caça submarina, foi recuperar o equipamento e bens pessoais que caíram ao mar.
Élio Antunes nadou cerca de cem metros até à praia, para pedir ajuda. Agentes da Polícia Marítima, alertados, já tinham chegado entretanto ao local. E em poucos minutos apareceram três ambulâncias e treze elementos dos bombeiros das Caldas da Rainha, três elementos do grupo de socorros a náufragos com a mota de água e bote salva-vidas, e a viatura médica de emergência e reanimação do Centro Hospitalar Oeste Norte. Mas não foi necessária assistência médica, porque os mergulhadores sofreram nada. “Encontravam-se calmos e serenos na água”, revelou fonte dos bombeiros.
O mergulhador que nadou até terra foi transportado na mota de água dos bombeiros até junto do semirrígido, onde foram recolhidos os outros dois colegas, e conseguiram virar a embarcação para a posição normal. A lancha salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos de Peniche rebocou o semirrígido para a marina de Peniche.
A embarcação, que tem seguro, poderá ter ficado com a parte eletrónica danificada. Foram também perdidos alguns bens pessoais, como telemóveis.
“Andamos nisto há mais de dez anos e de vez em quando apanhamos alguns sustos, mas são coisas normais de quem navega. Nunca deixámos de perder o controlo da situação e em terra é que pensavam que as coisas estavam más e que havia pessoas desaparecidas”, comentou Ricardo Batista.
Francisco Gomes
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