Foi durante 61 anos responsável pela paróquia de Peniche. Monsenhor Manuel Bastos, principal figura daquele concelho, faleceu em junho de 2010. O sacerdote, de 88 anos, dedicou a sua obra pastoral ao apoio social à comunidade, consolidando um património que engloba jardins de infância, creches, um clube recreativo e até um jornal quinzenal, empregando oitenta funcionários. Só o estado de saúde travou o seu dinamismo, confirmado pelos vários galardões municipais que recebeu. Tem o seu nome atribuído a uma das principais avenidas da cidade de Peniche.
Nasceu a 5 de maio de 1922, em Matadussos, freguesia de Esgueira, concelho de Aveiro, tendo sido ordenado sacerdote em 6 de julho de 1947. Frequentou os Seminários de Santarém (1936-1938), Almada (1938-1941) e Olivais (1941-1947), tendo sido ordenado a 6 de julho de 1947. A 14 de setembro desse ano foi como pároco para Peniche, paróquia pelo qual foi responsável até setembro de 2008.
Ao longo da sua vida sacerdotal exerceu as seguintes funções: capelão da Cadeia do Forte de Peniche (de outubro de 1955 a março de 1976); capelão do Porto de Pesca de Peniche; professor de Religião e Moral; pároco de Vau, Amoreira, Olho Marinho e Serra d’El Rei (temporariamente, por diversas ocasiões); vigário da vara de Lourinhã e Peniche (de janeiro de 1971 a outubro de 1993); membro da Comissão Nacional de Justiça e Paz; membro do Conselho Presbiteral; grande impulsionador do Stella Maris (Apostolado do Mar).
A 19 de junho de 1981 foi nomeado Monsenhor. Ao longo dos anos em que foi pároco de Peniche, “marcou profundamente o panorama social da cidade, ultrapassando claramente as responsabilidades meramente religiosas inerentes à função”, manifestou a autarquia de Peniche, numa homenagem que lhe fez.
Francisco Gomes
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