Hoje, a população treme sempre que o governo anuncia novas medidas, tal é a celeridade do executivo na aplicação de duras penalizações aos cidadãos. Apesar de todas essas penalizações, a recessão avança a passos largos e Portugal corre o risco de pedir nova ajuda externa através de um segundo resgate financeiro. Um estudo, recente, da Comissão Europeia concliu que as medidas de austeridade aplicadas pelo governo português são distribuidas de forma desigual entre ricos e pobres e aumentaram o risco de pobreza, sobretudo entre os mais idosos e os jovens adiantando, também, que Portugal “é o único país com uma distribuição claramente regressiva” o mesmo é dizer que a austeridade é mais penalizante nas classes desfavorecidas e adianta que “a percentagem dos cortes é maior nos dois escalões mais pobres do que nos restantes”. Ainda segundo a Comissão Europeia o desemprego vai continuar a acentuar-se, facto já comprovado no aumento de 20% dos portugueses sem trabalho no mês de março, comparativamente a igual período de 2011. Perante este cenário, a instabilidade tomou conta da vida das pessoas e o desânimo cresce à medida que as restrições aumentam. Oxalá as sucessivas medidas de austeridade resultem para que os doentes não morram da cura.
Jaime Costa
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