O relógio do camião que transportava centenas de pintos ficou parado às 7h05 da manhã devido à violência do embate. Dentro da cabina esmagada estavam presos entre a chapa retorcida o motorista e o ocupante. Apresentavam um quadro de múltiplos traumatismos e tiveram morte imediata, depois do veículo ter saído para a berma e se despistado, vindo a tombar, no IC2, em Rio Maior, no último dia de janeiro. Um deles deixa um filho menor. As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Destacamento de Trânsito de Santarém, mas uma testemunha terá visto o camião a sair da faixa de rodagem, ao quilómetro 72,5, no sentido Norte-Sul, a seguir à ponte das Bocas, e a desesperada tentativa do condutor para reposicionar o veículo, o que a pesada carga não permitiu. Na aldeia de Assentiz, em Rio Maior, onde residia Pedro Alexandre Martins Figueiredo, de 45 anos, que ia no lugar do pendura, a notícia espalhou-se rapidamente. “Ligaram-nos logo a avisar. Há muitos anos que ele vai para a estrada mas ninguém estava à espera de uma coisa destas”, contou Carlos Madeira, familiar da vítima, vista como “uma pessoa alegre, cheia de vida e de amigos”. Natural de Pontével, Cartaxo, foi viver para Assentiz, onde casou e morava há perto de 25 anos. Tinha um filho de onze anos. Foi pedreiro mas tirou a carta de motorista e passou a trabalhar para a empresa Avipronto, de Azambuja. Com o seu colega Manuel António Soares, de 55 anos, de Vale de Santarém, deslocaram-se à zona da Batalha para carregar pintos para serem abatidos na Azambuja, para onde se dirigiriam na altura do acidente. Era Manuel Soares, que estava há um ano na empresa, quem conduzia. O camião não atingiu nenhum veículo que circulava no local, uma reta com boa visibilidade, embora sinalizada com o piso em mau estado. Os bombeiros de Rio Maior, que prestaram socorro com treze elementos e seis viaturas, tiveram de utilizar material de desencarceramento para retirar os corpos. “Foi complicado, pela forma como a cabine ficou esmagada”, relatou o adjunto de comando, Luís Coelho. O pronto-socorro de uma empresa de reboques ajudou a puxar a cabine. A equipa médica da VMER das Caldas da Rainha confirmou os óbitos e os cadáveres foram transportados para o Gabinete Médico-Legal de Torres Vedras, para serem autopsiados. O trânsito ficou condicionado nos dois sentidos ao longo do dia, para a remoção do camião. Uma parte dos pintos morreu esmagada dentro das caixas em que era transportada mas algumas das aves conseguiram fugir pelo eucaliptal junto à estrada. Na Avipronto, nenhum responsável se mostrou disponível para prestar declarações. Francisco Gomes
Despiste de camião que transportava pintos provoca dois mortos no IC2
8 de Fevereiro, 2012
O relógio do camião que transportava centenas de pintos ficou parado às 7h05 da manhã devido à violência do embate. Dentro da cabina esmagada estavam presos entre a chapa retorcida o motorista e o ocupante. Apresentavam um quadro de múltiplos traumatismos e tiveram morte imediata, depois do veículo ter saído para a berma e se […]

Despiste de camião que transportava pintos provoca dois mortos no IC2
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