O deputado social-democrata Alberto Pereira apresentou um documento que tenta salvaguardar o património dos Pavilhões do Parque, recebendo da parte dos seus colegas da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha o apoio desejado, apesar de uma deputada socialista ter votado contra. Luísa Arroz considerou que esta moção, assim como outras, onde se misturam assuntos como a Foz do Arelho, a Lagoa, o Hospital Termal e os transportes, só terão razão se forem enviadas em separado para cada um dos Ministérios. “Não discordo de cada um dos pontos em particular mas porque a sua amálgama me parece de uma confusão extrema. Se bem que está na moda termos superministérios, mas são problemas e assuntos diferentes”, disse. Antes da votação o deputado socialista António Ferreira declarou que “o problema dos pavilhões do parque não se resolve sem o problema da saúde. Tão grave como os pavilhões é o que está a acontecer ao hospital, nós vamos perder o termalismo. Já não há médicos especialistas das doenças de reumatologia”. Também o socialista Mário Pacheco comungou da opinião do deputado social-democrata quanto à conservação do equipamento, mostrando dúvidas quanto à implementação do estudo que foi apresentado recentemente sobre o termalismo. “Acho que são mais umas linhas escritas. Tenho muitas dúvidas da sua implementação. Acho que devíamos fazer um esforço no sentido de sensibilizar a tutela para que é preciso intervir com um conjunto de obras de conservação daqueles edifícios que são um perigo público e é uma pena aquilo estar a degradar-se de forma contínua”, considerou, apelando para que o Município e os autarcas se unam em torno da recuperação do património. O vice-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, respondeu que “o Município não tem 3,5 milhões de euros para fazer a obra”. “Preocupa-nos a situação dos pavilhões do parque e apoiamos a moção. O que não podemos deixar é que os pavilhões continuem a agravar a sua situação de estrutura. Acho que consolidação do edifício é importante”, disse. O presidente da Junta de Nossa Senhora do Pópulo, Vasco Oliveira, admitiu que tem receio de entrar na sede dos antigos combatentes, nos Pavilhões do Parque. “De vez em quando os combatentes convidam-me para ir à sede e eu até tenho medo. Muito gostaria de ver aqueles pavilhões recuperados. Gostava que fosse requalificado e, se possível, transformado em hotel termal”, afirmou. Carlos Barroso