Portugal perde com Uruguai nas Caldas A selecção portuguesa quis presentear o público das Caldas da Rainha com um jogo com a congénere do Uruguai e mesmo num domingo cinzento e de trovoada foram muitos os adeptos que se deslocaram ao Complexo Desportivo das Caldas da Rainha para apoiar os “Lobos” do princípio ao fim do encontro. O jogo foi disputado sob condições meteorológicas adversas, que proporcionou muito confronto físico entre os jogadores em todas as disputas de bola. O Uruguai inaugurou o marcador aos quatro minutos através de um pontapé de penalidade, mas 11 minutos volvidos Carl Murray restabeleceu o empate a três pontos.  A história voltou a repetir-se mais uma vez antes do intervalo, com os sul-americanos a fazerem o 3-6 e Carl Murray a levar o jogo empatado a seis para o tempo de descanso. João Júnior ainda levou um cartão amarelo a cerca de um minuto do fim e nessa penalidade os uruguaios atiraram ao poste. No reinício do encontro, os “Teros” entraram melhor e novamente aos quatro minutos (44 minutos) fizeram mexer o marcador, com o primeiro ensaio do encontro e respectiva conversão (6-13). Carl Murray foi uma vez mais o marcador de serviço das penalidades, tendo batido com sucesso aos 52 minutos (9-13) mas falhou outra sete minutos depois. Quando os “Lobos” davam tudo para recuperar no marcador, a equipa sul-americana através de um pontapé de ressalto (‘drop’) fez o 9-16. Nos últimos minutos Portugal ainda dispôs de algumas jogadas no último reduto adversário, mas não conseguiu alterar o marcador. Destaque para o bom jogo do jovem Francisco Pinto Magalhães, naquela que foi a sua quarta internacionalização, e para a estreia de cinco novos jogadores, numa convocatória que integrou em exclusivo jogadores que actuam em Portugal. Amado da Silva, presidente da Federação Portuguesa de Rugby, declarou que “é bom termos mais competições deste género mas em termos de resultado foi francamente, mau e muito longe do que esperávamos. Não houve correspondência ao trabalho que se fez durante a semana, relativamente ao rugby aqui praticado. Esperava mais e espero muito mais. Não é um dia para esquecer, deve servir de recordação. Foi um jogo estático onde a equipa não funcionou. Vamos melhorar”. Errol Brain, seleccionador nacional, relatou que “começámos o jogo com cinco jogadores que nunca tinham jogado pela Selecção e isso acaba sempre por ser difícil. O nosso capitão veio de seis semanas sem jogar, as lesões não ajudaram, por isso o jogo seria sempre difícil. Mas o que me preocupa mais é que não tivemos um espírito lutador em campo. Mesmo que perdêssemos podíamos ter tido mais garra”. João Correia, capitão nacional, disse que “estivemos muito mal nas formações ordenadas, acho que foi o nosso pior aspecto dentro de campo e isso acabou por definir o resultado quando sofremos um ensaio através da formação ordenada. Isso, mentalmente, levou a equipa abaixo”.