O emissário submarino da Águas do Oeste que está na Lagoa de Óbidos encontra-se de novo a descoberto, mas a empresa e a Junta de Freguesia da Foz do Arelho dizem estar atentas à situação, que só deve ser resolvida com as obras do INAG. As marés de lua cheia da semana passada colocaram a descoberto novamente, mas desta vez numa grande extensão, o emissário submarino, em frente ao bar Cais da Praia. Esta situação preocupa a empresa detentora do equipamento que transporta os efluentes tratados e que são largados em alto mar, mas a intervenção para tapar o emissário só deverá acontecer quando se iniciarem as dragagens na Lagoa, usando-se a areia para reforçar também toda a margem norte. Segundo uma fonte da empresa Águas do Oeste, a situação está a ser monitorizada e só ainda não foi realizada uma intervenção, porque não existe até agora risco de quebra do emissário, como aconteceu em outras situações. Porém, a mesma fonte refere que não existia areia para tapar o emissário, a não ser proveniente de uma dragagem. Deste modo, aguarda pela obra do INAG, que já prevê que os dragados da fixação da aberta sejam colocados no reforço da margem norte, pelo que será tapado o emissário. Também Fernando Horta, presidente da Junta de Freguesia confirmou esta situação, descrevendo que não existe areia disponível para tapar o emissário a não ser aquela que está dentro da Lagoa e assoreia o ecossistema. O autarca confessou que o emissário se encontra a descoberto há vários dias e só deverá ser tapado no decurso desta semana, quando se iniciarem os trabalhos. “Há dificuldade em tapar por não haver areia para colocar. Vamos continuar a acompanhar a situação e aguardar que as dragagens se iniciem para colocar areia. O emissário como está, julgo que não constitui perigo porque não se encontra suspenso”, disse o autarca. Carlos Barroso