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Câmara das Caldas paga 3 mil euros por estudo a favor da Linha do Oeste

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Três mil euros é quanto vai custar um estudo encomendado pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha para apontar soluções para a melhoria e sustentabilidade da Linha do Oeste, contribuindo desta maneira para a defesa da sua continuação. O estudo será desenvolvido por uma equipa liderada por Nelson de Oliveira, engenheiro civil e especialista em […]
Câmara das Caldas paga 3 mil euros por estudo a favor da Linha do Oeste

Três mil euros é quanto vai custar um estudo encomendado pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha para apontar soluções para a melhoria e sustentabilidade da Linha do Oeste, contribuindo desta maneira para a defesa da sua continuação. O estudo será desenvolvido por uma equipa liderada por Nelson de Oliveira, engenheiro civil e especialista em transporte ferroviário, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Comboios, devendo estar concluído até ao final deste mês. A análise incidirá sobre a melhoria de horários, redução de custos e sustentabilidade da Linha, e pretende ser um contributo concreto e objectivo para a defesa da sua continuação junto da Tutela por uma plataforma que reúna partidos, municípios e várias entidades dos três distritos atravessados pela ferrovia – Lisboa, Leiria e Coimbra. Para a elaboração deste trabalho foram já solicitados vários elementos à secretaria de Estado dos Transportes, Refer e CP. A autarquia considera o estudo “muito relevante e urgente” pela importância de que se reveste a Linha do Oeste no sector do transporte de pessoas e para a economia do concelho e da região, apontando que o encerramento parcial “é a condenação à morte da Linha do Oeste”. O presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa, pediu ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para não ser encerrado o serviço aos passageiros entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz antes de ser conhecido o resultado do estudo. O Governo já tinha anunciado que a medida seria aplicada no início do ano que vem. A Câmara admite que uma solução para a Linha podia ser a concessão a privados e faz notar que essa podia ser uma forma de conseguir articular o transporte ferroviário com os horários do transporte rodoviário. Plataforma na Defesa da Sustentabilidade da Linha do Oeste Nesta terça-feira, 15 de Novembro, realizou-se uma reunião no auditório da Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria, em Leiria, da Plataforma na Defesa da Sustentabilidade da Linha do Oeste, de cuja comissão organizadora faz parte Fernando Costa. “A Linha do Oeste, embora seja uma das linhas do panorama ferroviário português que mais estão esquecidas e onde o investimento nos últimos anos foi significativamente reduzido, trata-se de uma linha férrea que percorre grande parte da costa litoral de Portugal, servindo localidades de grande massa populacional e de grande actividade industrial e agrícola”, sustenta. “Actualmente, sobretudo por razões operacionais e de ausência de investimento, é reconhecido que a Linha do Oeste está longe de ter os tráfegos que outrora possuiu, quer a nível de transporte de passageiros, quer a nível de transporte de mercadorias. Não obstante, o transporte de mercadorias regista uma utilização considerável, onde pontificam, entre outras, três grandes tipos de cargas transportadas: o cimento; a madeira; e os cereais”, sublinha. As estações que hoje em dia se podem considerar como principais a nível das mercadorias no Oeste são o Ramalhal, Pataias/Martingança e o Louriçal. A nível de passageiros, as estações principais no Oeste são o Cacém, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Marinha Grande, Leiria, Bifurcação de Lares e a Figueira da Foz, embora algumas delas estejam em eclipse permanente ou apenas funcionem com um turno de pessoal. Ao nível do tráfego de passageiros, a Linha do Oeste está dividida em duas zonas, a zona Sul entre Lisboa-Oriente/Entrecampos Poente/Meleças e as Caldas da Rainha e a zona Norte entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz/Coimbra. Na zona Sul circulam aos dias úteis 6 comboios Regionais, assim como 4 InterRegionais por sentido. Na zona Norte a aposta por parte da CP, é mais reduzida, existindo apenas 3 comboios Regionais e 2 comboios InterRegionais por sentido. Ao fim de semana a oferta é mais reduzida e é adaptada face aos urbanos da Grande Lisboa. E contrariamente a outras linhas, não existe actualmente qualquer serviço InterCidades na Linha do Oeste. “Embora a linha tenha potencial, quer a nível de tráfego de passageiros, quer a nível de tráfego de mercadorias, a CP sempre mostrou pouco interesse em adequar os horários às necessidades dos passageiros, dando sempre como desculpa a falta de passageiros. No entanto, a REFER, como entidade gestora da infraestrutura, anunciou ainda recentemente que pretendia investir nesta linha (embora a classifique como rede complementar em quase toda a sua extensão)”, argumenta Fernando Costa. A Nerlei manifesta também a sua discordância com a medida anunciada pelo Governo que prevê encerrar ao tráfego de passageiros a Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e a Figueira da Foz. Deputados do PSD solicitam esclarecimentos Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria solicitaram esclarecimentos ao Governo sobre a anunciada desactivação do serviço de transporte de passageiros, numa pergunta ao secretário de Estado dos Transportes em que os termos utilizados são os mesmos da Plataforma na Defesa da Sustentabilidade da Linha do Oeste “A CP sempre mostrou pouco interesse em adequar os horários às necessidades dos passageiros, dando sempre como desculpa a falta de passageiros”, sustentam. Lembram ainda que “os deputados, autarcas e dirigentes do PSD, bem como a generalidade das forças vivas da região, há vários anos reclamam as medidas necessárias para que se possa devolver à Linha do Oeste a importância que outrora teve e, sobretudo, sejam criadas condições para a sustentabilidade do serviço ferroviário nesta linha”. Os parlamentares defendem a sustentabilidade da Linha do Oeste, vincando que “a provar isso mesmo foi o interesse manifestado no passado recente por parte de um grupo privado de transportes públicos, mas a ausência de uma estratégia de investimento e rentabilização por parte da CP praticamente conduziram à “morte” desta linha férrea”. Os deputados questionam o secretário de Estado dos Transportes sobre os fundamentos e qual a análise realizada dos custos de operação versus desactivação daquele serviço ferroviário, bem como suscitam alternativas quer ao nível da manutenção de um serviço temporário a praias, no período de Verão, quer na possibilidade de concessionar o serviço ferroviário a outras entidades. Uma petição on-line contra o encerramento da Linha recolheu já mais de três mil assinaturas. A meta são as cinco mil. Francisco Gomes

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