Associação com sede nas Gaeiras em bom nível em concurso internacional 588 bolos estiveram a concurso em 18 categorias no Cake International, em Birmingham, na Inglaterra, de 4 a 6 de Novembro. Membros da Associação Nacional de Cake Designers (ANCD), com sede no Pólo Tecnológico de Óbidos, nas Gaeiras, apresentaram 11 bolos. Dois deles conseguiram a distinção máxima (ouro) e quatro receberam a menção prata. Os restantes cinco obtiveram a classificação “mérito”, atribuída a todos os que participaram e alcançaram os requisitos necessários. Francisco Henriques, de 43 anos, das Caldas da Rainha, foi classificado com “ouro” e acabou por alcançar o 1º lugar na sua categoria. Um bolo de Elisabete Caseiro, de 39 anos, de Lisboa, também foi premiado com “ouro” e outro com “prata”. Teresa Henriques, de 42 anos, das Caldas da Rainha, Cristiano Louro, de 34 anos, de Castelo Branco, Nelson Pantano, de 22 anos, do Brasil, receberam o título “prata”, enquanto que Rita Gairifo, de 26 anos, de Mafra, Paula Craveiro, de 44 anos, de Queluz, Carla Rebelo, de 40 anos, de Mafra, a venezuelana Geraldine Hung, de 37 anos, de Loulé, e a brasileira Michelle Lima, de 35 anos, de Aveiro, receberam o diploma “mérito”. Alan Shipman, um dos júris do concurso, disse ao JORNAL DAS CALDAS que achou os bolos oriundos de Portugal “excelentes e com um design bonito”. Na edição da semana passada, o JORNAL DAS CALDAS publicou as declarações de Francisco Henriques e Elisabete Caseiro. Agora é a vez de darmos a conhecer outros associados da ANCD que foram a Birmingham para adquirir mais conhecimentos. A presidente da ANCD, Teresa Henriques, é chefe de pastelaria, título atribuído pela Escola de Hotelaria e Turismo de Portugal. Na área do Cake Design, é credenciada pela Wilton School e pela Cake Decorating School of London. “Sou profissional como cake designer e adoro a minha arte”, manifesta a proprietária da pastelaria Eclipe, nas Caldas da Rainha. Michelle Lima é formadora cake designer na empresa Decor Doce 3D. “Amo decorar bolos. Modelar pequenas pessoas em açúcar é como dar vida aos sonhos das pessoas e da minha maneira, faço alguém feliz com os meus bolos, doces e chocolates”, afirma. “Venho aos poucos descobrindo maravilhas e maravilhosos cake designers pelo mundo a fora. Coisas incríveis, feitas em açúcar e chocolate. O sorriso dos meus pequeninos e atentos clientes dizem tudo”, adianta. Veronica Sánchez, 37 anos, da Corunha, Espanha, estudou arquitectura na universidade e trabalhou num ateliê. Quando ficou desempregada enveredou pelo cake design. “Comecei a fazer bolos para amigos e o número de encomendas cresceu, pelas fotos que partilhava no Facebook. Encontrei a associação em Portugal e passei a seguir os eventos que promove, porque o cake design em Espanha ainda está muito verde”, conta, adiantando que projecta abrir uma loja. Refere que os seus bolos “são muito arquitectónicos, porque os meus conhecimentos nessa área ajudam numa construção da estrutura do bolo”. Catarina Rola, 32 anos, da Figueira da Foz, é professora do 1º ciclo destacada provisoriamente em Peniche. O trabalho de seis anos no cake design fá-la dizer que “é o que mais gosto de fazer”. Dá formação na Brind’art, loja em Coimbra, e é uma assídua frequentadora de eventos da ANCD, sendo uma criadora bastante experiente. Eurico Viana, 35 anos, é sócio-gerente da Sodifer, S.A., empresa de Lisboa que comercializa artigos de cake design e pastelaria A empresa é parceira da ANCD, sendo uma grande fornecedora da matéria-prima e utensílios necessários. Reconhece que a associação contribui para “o aumento da procura de produtos, como pastas, corantes, formas, cortantes e outros” e para a dinamização da economia nacional. “70 por cento do material que vendemos é produzido em Portugal e já começamos a exportar, sobretudo para Espanha”, revela. Michelle Serafim, 40 anos, mora em Basel, Suíça. O cake design ocupa esta brasileira há um ano e meio. “Comecei a fazer um bolo para o meu filho e depois quis melhorar e pesquisei na Internet. Vim a descobrir a associação e foi com ela que aprendi mais. Hoje é a minha profissão”, relata. A brasileira Regina Omlin, 41 anos, também residente em Basel, Suíça, dedica-se ao cake design há seis anos. Reside na Suíça há quatro. Tornou-se associada da ANCD por considerar “muito importante pertencer a uma associação que é uma referência, para poder obter mais conhecimentos”. Tem organizado alguns eventos com o apoio da ANCD. Paula Craveiro é administrativa na Ediclube, em Alfragide, fazendo do cake design um passatempo, mas admite que um dia possa tornar-se profissional. “Os bolos criativos começam a ter cada vez mais procura e é muito gratificante ver as pessoas a elogiar os nossos trabalhos”, declara. Rita Gairifo é enfermeira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em Alcoitão, e desde Abril deste ano que se dedica ao cake design. “Quis fazer um bolo para os 75 anos da minha avó e nas pesquisas encontrei a loja My Cake, onde fiz vários workshops”, recorda. Agora ela própria dá workshops e também vende bolos criativos. Nelson Pantano começou a fazer bolos criativos quando tinha apenas onze anos. Aos doze tirou o primeiro curso na conceituada escola Hilton. Venceu este ano o MS Trophy, troféu no Brasil promovido pela conceituada cake designer Marcela Sanchez. É especialista na elaboração de bolos florais. Apesar do Brasil ser uma potência no cake design, não existe naquele país nenhuma associação. É sócio da ANCD porque entende que “ajuda a conhecer os profissionais e a interagir com eles”. Sérgio Rodrigues e Carlos Trigueiro, sócios da Ameadella Pastelarias, de Viana do Castelo, abriram duas pastelarias há seis anos e há três que enveredaram pela área do cake design. “Não tivemos relutância em aderir e mostrámos muito interesse, ao contrário de outros estabelecimentos. Foi uma aposta ganha, com reflexos na clientela”, sustentam. Têm 36 funcionários e para o cake design criaram sete postos de trabalho, quatro dos quais este ano. “Em tempos de crise, é muito bom”, sublinham. Geraldine Hung entrou no mundo do cake design há três anos. É desenhadora gráfica. Associou-se à ANCD para obter “mais conhecimentos e para participar em mais eventos”. Considera que Portugal “está muito bem posicionado no mundo do cake design”. Lina Louro, 33 anos, de Castelo Branco, aproveitou um projecto de empreendedorismo feminino para criar a empresa Homemade – workshops e adereços para festas. Cristiano Louro é o cake designer e tem a esposa como patroa. Começou a trabalhar com 16 anos já no ramo da hotelaria e passados dois anos iniciou a sua carreira como aprendiz de Pasteleiro. Estudou Restauração e Catering na Escola Superior Turismo e Hotelaria de Seia. Faz bolos para venda ao público e é formador em workshops e da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas. Conta que o seu “desejo e espírito empreendedor” levaram-no a desenvolver o seu cariz inovador, criando verdadeiras obras de arte. Daiana Tonella, 26 anos, de Zurique, Suíça, indica que a ANCD foi a “pedra fundamental” para ter conseguido “mais conhecimentos”. “Aprendemos a tentar ser perfeitos”, indica a brasileira. Fernanda Raulino, 35 anos, de Itália, é brasileira e frequentou um curso promovido pela ANCD em Zurique, na Suíça, e acredita que arte dos bolos criativos “tem futuro”. Caroline Passarelli, 32 anos, de Zurique, Suíça, aprendeu cake design num curso da ANCD mas confessa que “ainda só faço bolos para a família e amigos”. Contudo, tenciona tornar-se “uma profissional” e “abrir um estabelecimento”. “É um mercado que vai crescer na Suíça e é uma aposta que faço”, diz a brasileira. Maria de Lourdes, 53 anos, é professora de biologia na universidade de Aveiro. Leva o cake design “a sério”, mas não o encara ainda como uma profissão, porque só faz bolos para a família e amigos. Tem frequentado regularmente cursos para aprender técnicas e pormenores. Confessa que “não gosto de comer doces”, pelo que “peço geralmente a alguém para provar os bolos que faço”. Susana Feixieiro, 37 anos, de Penamacor, é psicóloga e dedica-se ao cake design desde 2009, depois de ter feito um bolo para a sua filha. Não pensa abandonar a sua profissão mas quer aprofundar os seus conhecimentos e ter mais formação. “Para mim o cake design é uma forma de ajudar as pessoas a ficarem felizes e serve-lhes de terapia”, refere. Carla Campos, 37 anos, dos Açores, foi militar da Força Aérea e depois de sair da base das Lajes como segundo-sargento, o cake design “tornou-se o meu ganha-pão”. “Comecei a fazer bolos, a ler livros e a pesquisar. Como não gostava do sabor das pastas de açúcar, comecei a fazer as minhas próprias e foi um passo para em 2003 iniciar a criar para vender”, sublinha. Raquel Ávila, 39 anos, de Torres Vedras, nasceu no Brasil, onde teve formação na área. Está há 20 anos em Portugal e quando ficou desempregada, há três anos, achou que “depois de fazer um estudo de mercado, valia a pena apostar no cake design, porque é uma área que está a crescer”. Abriu a loja Festas & Sabores e mostra-se satisfeita com a procura de bolos artísticos. María Isabel, 45 anos, de Madrid, Espanha, relata que “comecei há 15 anos a fazer bolos criativos com a minha avó. Depois parei e há 7 anos retomei. A partir de Janeiro vou tornar-me associada da ANCD. O trabalho da associação encanta-me e é muito importante”. Jorge Fernandes, 45 anos, de Samora Correia, foi padeiro e actualmente trabalha numa pastelaria, mas desde há meio ano que tem procurado aprender as técnicas de cake design. “Estou a dar os primeiros passos, porque senti a necessidade de não estagnar e de inovar. É uma boa aposta”, salienta. Francisco Gomes
Cake Design
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