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Jornalista Fernando Dacosta nunca viu “tanto medo no país”

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O Salazar, o 25 de Abril, a austeridade, o roubo do décimo terceiro mês e subsídio de férias, o sistema político que não funciona, foram algumas questões discutidas no passado dia 27, no Café das Quintas, que teve como convidado o escritor e jornalista Fernando Dacosta. Perante cerca de 30 pessoas que encheram o Café […]
Jornalista Fernando Dacosta nunca viu “tanto medo no país”

O Salazar, o 25 de Abril, a austeridade, o roubo do décimo terceiro mês e subsídio de férias, o sistema político que não funciona, foram algumas questões discutidas no passado dia 27, no Café das Quintas, que teve como convidado o escritor e jornalista Fernando Dacosta. Perante cerca de 30 pessoas que encheram o Café Central, nas Caldas da Rainha, a intervenção de Fernando Dacosta suscitou um produtivo debate em torno da crise. Longe de estarem adormecidas para este assunto, as pessoas presentes mostraram-se interessadas em discutir as dificuldades que o país atravessa, as desigualdades e a corrupção. “Há medo, nunca vi tanto medo no meu país”, disse o jornalista, salientando que estão a voltar a Portugal as tertúlias e conversas em restaurantes. “Isto está-se a multiplicar pelo país todo, esta semana já tenho quatro conversas marcadas”, sublinhou o escritor. “Os portugueses estão a sentir uma necessidade de exprimirem a realidade daquilo que pensam”, salientou Fernando Dacosta, acrescentando que “os optimistas não fazem avançar o mundo, são os inquietos é que levantam os problemas e fazem avançar as coisas, daí que este tipo de encontros estão a voltar”. Olhando para a história portuguesa, o jornalista afirmou que “está cheia de chefes e movimentos altamente violentos”. Não sabendo o que se vai passar no país, Fernando Dacosta disse que “o português é lento a reagir, é preguiçoso, demora sempre tempo a fazer as coisas, mas quando reage, responde a sério”. O jornalista espera que os políticos responsáveis percebam o que se “está a passar” e que tenham “isso em consideração”. “Tenham cuidado, o português é um povo muito complexo, muito manhoso e muito imprevisível, temos de estar expectantes naquilo que vai acontecer”, salientou o escritor. O escritor foi convidado pela Associação Forense do Oeste, que organizou o evento. Fernando DaCosta, que escreveu a obra “Máscaras de Salazar”, começou por falar de Salazar e apresentou o homem por detrás do político, aquela “figura austera que ficou para a História”. “Andam a prometer às pessoas coisas que não podem cumprir”, disse o jornalista, acrescentando que Salazar já dizia na altura que “o povo português não pode viver acima das suas possibilidades”. Fernando Dacosta também criticou o jornalismo de hoje, alegando que “os grandes donos do país são os que têm os jornais”. “Eu nunca vi nenhum jornal fechar por falência económica, quem vai para um jornal não é para ganhar dinheiro mas sim para exercer pressões”, sublinhou o jornalista. A tertúlia foi organizada pela Associação Forense do Oeste. Marlene Sousa

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