Técnicos da autarquia, da ARH e da Junta de Freguesia realizaram na passada semana mais uma visita às mini docas e zona envolvente com vista à implementação do futuro projecto. A visita foi acompanhada pelo JORNAL das CALDAS, tendo dias depois a Junta de Freguesia, através do seu presidente, referido que a remoção e limpeza da zona afectada pelo incêndio nos bares está ainda dependente das seguradoras, apesar de muitos proprietárias já terem removido alguma sucata, uma vez que já ocorreram furtos desse material. “Os bares serão demolidos logo que as seguradoras envolvidas terminem as peritagens”, afirmou Fernando Horta. Já o vereador Hugo Oliveira referiu que o espaço em questão “está sobre a jurisdição da ARH Tejo”, pelo que a mesma instituição se encontra a tratar do assunto. Apesar disso o autarca apresentou “uma preocupação latente no Município pelo facto destes destroços poderem em pouco tempo significar um perigo para a saúde pública”. Já a visão de ambos para aquela zona tem como base o “Projecto de Requalificação da Frente Lagunar e Marítima da Foz do Arelho”, que sofrerá algumas alterações. “Os bares têm de ser feitos de raiz e a realidade actual é totalmente diferente da existente na altura da sua concepção”, disse o presidente de Junta. Segundo Fernando Horta, o projecto “já teve início” com a reunião e visita ao local, mas dada a dimensão do projecto, os custos, e os vários procedimentos administrativos que são necessários para a sua elaboração, financiamento, concepção e execução, “é nesta fase inicial difícil prever o início das obras no terreno. Não deixo no entanto de constatar que passados pouco mais de 30 dias sobre o incêndio, em período de férias, foram já dados passos significativos por parte de todas as entidades envolvidas, que têm tido em conta a gravidade da situação em que se encontram os proprietários dos bares”. Segundo o vereador Hugo Oliveira, o projecto que o Município detém, com aprovações das entidades, encontra-se em estudo prévio, estando já a ser elaborado o projecto de execução. “Constatámos que a realidade do território tem vindo a sofrer alterações significativas e dessa forma está o Município empenhado para que na fase de execução sejam feitas as alterações necessárias para criar mais valias significativas ao local. Está-se a fazer o esforço de não reunir só com as entidades com jurisdição, mas também as entidades responsáveis pelas infra estruturas, por forma a definir uma solução final que enquadre todas as realidades locais e beneficie quem investiu, quem queira investir ou usufruir futuramente daquele espaço. Estão a ser ultimados todos os esforços para que o projecto de execução esteja pronto com celeridade, por forma a que a obra seja candidatada a Fundos Comunitários no âmbito do QREN”, indicou o vereador. Como se trata de uma obra que deveria ter início com a primeira fase da requalificação das arribas, algo que ainda não começou porque falta visto do Tribunal de Contas, Fernando Horta mesmo assim mostra-se optimista quanto à execução das mesmas. “O Projecto de Valorização Paisagística das Arribas/Minimização do Risco é em conjunto com o Projecto de Requalificação da Frente Lagunar e Marítima da Foz do Arelho e ambos são essenciais à revitalização da capacidade de atracção turística da Freguesia da Foz do Arelho, pois vai criar mais espaços públicos de qualidade, que quando concluídos, em conjunto com a paisagem natural, nos vão colocar neste aspecto ao nível das melhores estâncias balneares. Com estes dois projectos recupera-se de uma situação que actualmente nos é desfavorável, dado que as principais praias da região, tanto a Norte como a Sul da Foz do Arelho foram na sua maioria requalificadas ou encontram-se actualmente em obras de requalificação”, disse. Quanto ao impacto económico directo dessa capacidade de atracção de turistas, para o presidente da Junta, “terá repercussões não só na economia da Foz do Arelho, mas também no comércio e hotelaria de todo o concelho, e poderá ainda ser complementado com a promoção de itinerários de visita às actividades e produtos agrícolas das freguesias rurais do concelho, constituindo também uma mais valia como complemento do termalismo”, acrescentou Fernando Horta. O presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho desconhece quando começarão as dragagens na Lagoa ou quando será resolvida a questão do cais que continua interdito. “Não temos neste momento qualquer informação oficial sobre o início das dragagens, no entanto, os trabalhos da dragagem tal como previsto terão de ter início a muito curto prazo, pois em nossa opinião o risco de durante o próximo Inverno a aberta migrar para Norte, irá fazer reviver uma situação semelhante à deste ano. Por esse motivo vamos dar conhecimento desta nossa posição à Ministra do Ambiente”, disse. Quanto à demolição do cais, essa obra deverá ser incluída nas obras de Requalificação da Frente Lagunar e Marítima da Foz do Arelho, que “contemplará também a construção de uma estrutura flutuante mais ligeira e adequada ao tipo de embarcações utilizadas na Lagoa para substituir o mesmo”. Sobre a visita de trabalho ao campo, Hugo Oliveira e Fernando Horta referem que a mesma esteve também relacionada com a análise de toda a área de Plano de Ordenamento de Orla Costeira (POOC) que se encontra em revisão, assim como a área que se encontra em domínio hídrico, como é o caso da zona do cais da Lagoa e antigo parque de campismo. Carlos Barroso
Técnicos e autarcas reunidos nas mini docas da Foz para falar de futuros projectos

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