A Nazaré vai continuar sem novo terminal rodoviário, uma vez que o projecto, apesar de ter sido apresentado ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) em 2010, ainda não tem data de início nem se sabe se a obra foi aprovada. “O projecto para o futuro Terminal Municipal Rodoviário está ser estudado pela Câmara da Nazaré em conjunto com as diversas entidades envolvidas, tendo a candidatura sido apresentada em 2010 ao IMTT”, refere o gabinete de imprensa da Câmara da Nazaré, adiantando que o projecto está ainda em fase de análise e adaptação, pelo que “é prematuro falarmos em valores do projecto, cujo financiamento por parte de verbas do Estado será de cerca de 85%”. Dadas estas indefinições e tendo em conta que algumas pessoas contactaram o nosso jornal no sentido de saberem quando terão melhores condições de espera no terminal provisório da Rodoviária, questionámos se as mesmas iriam ser melhoradas, tendo em conta que funcionam num contentor desde há um ano, uma vez que o antigo local foi vendido e dará lugar a uma infra-estrutura comercial e residencial. “As instalações para os passageiros, nas imediações da Biblioteca Municipal da Nazaré, são provisórias, não tendo este Município recebido, até à data, qualquer reclamação sobre as mesmas”, descreve a autarquia nazarena. Já Rui Silva, presidente da administração da Rodoviária do Tejo, mostrou-se desconhecedor das condições do terminal. “Não sei se é uma situação provisória. Não sei se está em resolução. Não posso falar de uma infra-estrutura que está à responsabilidade da Câmara. Sei que o transporte não é apenas pôr autocarros a circular. Isso qualquer um o faz. Temos de fazer informação ao público, prestar um serviço, criar acessibilidade aos locais, ter acesso de bilheteiras, entre outras coisas. Os contentores que lá estão são pagos por nós e são mais uma contribuição do operador, numa estrutura que tem o mínimo de dignidade para atender as pessoas que transportamos. Isto não significa que temos terminal rodoviário. Isto é uma solução provisória e temos de aceitar as soluções provisórias durante algum tempo”, disse. Carlos Barroso