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Faltam alimentos para responder ao aumento dos pedidos de ajuda

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As voluntárias da Conferência de São Vicente de Paulo, nas Caldas da Rainha, todos os dias não têm mãos a medir para garantir que quase meio milhar de pessoas possa ter alguma ajuda alimentar e avisam que se o número continuar a aumentar terão de cortar na quantidade de comida a distribuir a cada família. […]
Faltam alimentos para responder ao aumento dos pedidos de ajuda

As voluntárias da Conferência de São Vicente de Paulo, nas Caldas da Rainha, todos os dias não têm mãos a medir para garantir que quase meio milhar de pessoas possa ter alguma ajuda alimentar e avisam que se o número continuar a aumentar terão de cortar na quantidade de comida a distribuir a cada família. “São mais os dias em que não temos nada para dar do que aqueles que temos para dar. Todos os meses é uma luta para ter aqui comida para dar. Se aumentar o número de famílias teremos de dar menos a cada uma para chegar para todos”, afirma Rosa Maria Lopes, presidente da Conferência de São Vicente de Paulo da Sagrada Família. Até ao dia 8 de Setembro a Conferência ajudava 335 pessoas que fazem parte de 129 famílias, que mensalmente, e por vezes mais do que uma vez por mês, solicitam um cabaz composto por massa, arroz, feijão, leite, açúcar, enlatados e outros géneros alimentares. “Hoje tem sorte para a reportagem, porque as prateleiras estão cheias, uma vez que o Banco Alimentar veio deixar os cabazes, mas amanhã está tudo vazio. As pessoas são cada vez mais e as necessidades aumentam todos os dias. A ajuda que vem nunca chega”, disse Rosa Maria Lopes. “Temos pessoas que vêm aqui mais do que uma vez por mês, porque são muitas em casa e porque não têm outra forma de comer se não for aqui. A essas pessoas temos muitas dificuldades em ajudar. É muitas vezes a ajuda do senhor padre, de alguns amigos, das quotas dos associados, que dão dinheiro e com essas verbas nós vamos às compras e vamos mantendo as famílias mais necessitadas”, desabafou a voluntária, que todos os dias é confrontada com pedidos. “No ano passado ajudávamos menos pessoas, mas mesmo assim eram muitas, cerca de 85 famílias. Este ano é que as coisas estão piores. Ainda hoje entrou mais uma família e a tendência é para piorar”, alertou. Para Rosa Maria Lopes a solução seria as pessoas darem mais nas campanhas ou a cidade ter um refeitório social, ou até os restaurantes darem comida que não vendem a essas pessoas. “Nós não temos capacidade de receber tachos e panelas aqui. Mas se os restaurantes entregassem a comida embalada nós distribuíamos, porque todos os dias temos pessoas que precisam de almoçar e jantar e não têm como. As pessoas quando vêm buscar o cabaz durante o mês regateiam connosco e pedem mais. Nós damos prioridade aos velhotes e às crianças. O ideal era a cidade ter um refeitório social e nós encaminhávamos algumas pessoas para lá”, referiu, contando que um dia deu peras a um senhor e lhe pediu para ele guardar a fruta no frigorífico para aguentar mais uns dias, mas ele respondeu que não tinha casa e dormia na rua. “Todos os dias vêm chorar para aqui e nós somos boas e todos os dias damos coisas. Temos sorte também que o Banco Alimentar manda alguns produtos frescos”, relatou. Além das 335 pessoas inscritas e que apresentam declarações do Centro de Emprego e recibos de água e luz, surgem pessoas que são sem-abrigo, que dormem na rua e que causalmente aparecem a pedir latas de salsichas e de atum para consumir no dia. “Não são muitos, mas ainda são alguns que pedem estas coisas de comer logo e pedem também roupa, algo que nós temos sempre com fartura”, afirmou. Apesar de todas estas dificuldades a presidente da Conferência considerou que a população das Caldas é solidária e vai ajudando, mas devido ao aumento de casos, seria importante mais solidariedade. Carlos Barroso

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