É sabido que os pais são, ou devem ser os educadores privilegiados dos filhos e que a Escola só deve ser uma coadjuvante. Como tal, os pais querem para os seus filhos, uma escola que ajude e «não destrua» o que eles constroem em casa. Por isso, o bom senso, determina que os pais possam ter liberdade de escolha no Estabelecimento de Ensino a quem vão confiar os filhos. Vão procurar uma Escola que tenha um ensino de qualidade, uma orientação moral e cívica conforme com as suas ideias. Ora o que se verifica, e a culpa não é só da crise, mas da ideologia que se estabeleceu no Ministério da Educação desde o 25 de Abril – o ME, tomado de assalto por um partido de ideologia marxista, procurou, à base do compadrio, apoderar-se dos quadros do pessoal docente das Escolas. Eu sei, por experiência do que falo e do que passei… Mudaram-se os tempos, mas não se mudaram as vontades e vemos que em muitas Escolas públicas, de um Estado, como o nosso, que se diz laico, de facto há uma tendência para estar contra a Igreja. Ultimamente alguma coisa se tem feito em prol das Aulas de EMRC, obviamente facultativas, mas cuja opção possa ser efectiva e facilitada, o que nem sempre acontece, em termos de horários. Sempre defendi e cada vez o faço com mais força, respaldada pelo ensino do Magistério Petrino, que tudo que uma leigo/a pode fazer, neste caso no ensino, não deve ser confiado a um sacerdote. Mas quero esclarecer, que não é por considerar o leigo/a mais capaz que o sacerdote, nem pensar, mas para que o sacerdote fique mais disponível para aquele múnus a que um leigo, e muito menos uma leiga, não têm acesso: celebrar a Santa Missa, e administrar os sacramentos, sobretudo a Confissão, pessoal, auricular e secreta. O plano da EMRC para ao no lectivo 2011/2012 vai dar preferência à família como «instituição basilar». Dimas Oliveira Pedrinho, coordenador do Departamento de EMRC do Secretariado Nacional de Educação Cristã, afirmou: “é importante que os poderes da sociedade olhem para a família como um bem a preservar, que está no centro, quer como vítima quer como chave para a resolução dos problemas”. A abertura do ano lectivo 2011/2012 está prevista para o período de 8 a 15 de Setembro e entre 2 e 9 de Outubro ocorre a Semana Nacional de Educação Cristã. O tema convida os pais cristãos a colaborarem tanto quanto puderem neste evento. Desde 2001 que a dificuldades para leccionar EMRC começaram a surgir, mais às claras, pois até aí era um trabalho de sapa (sei do que falo). Foram entretanto criadas equipas de dinamização da EMRC, em parceria com a Universidade Católica, com pessoas competentes e empenhadas que tem feito um bom trabalho nas dioceses do país e também entre as dioceses. Os professores de EMCR, não devem ser discriminados, mas também não devem viver assustados – têm a confiança da Igreja Católica, responsável pelo ensino ministrado nessas aulas. Não vão com certeza fazer das aulas uma igreja, mas também não façam delas uma sacristia, onde muitos gostavam de encerrar os católicos para os calar! Maria Fernanda Barroca