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Apesar da crise – Aumentam alunos matriculados nas escolas do primeiro ciclo a pagar

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Nas Caldas da Rainha as escolas privadas que existem são do 1º ciclo e não perderam alunos, pelo contrário, apesar da situação económica do país, os pais continuaram a apostar em colocar os seus filhos em estabelecimentos de ensino que cobram valores mensais entre 200 e 300 euros. No Colégio Rainha D. Leonor, pertencente ao […]
Apesar da crise - Aumentam alunos matriculados nas escolas do primeiro ciclo a pagar

Nas Caldas da Rainha as escolas privadas que existem são do 1º ciclo e não perderam alunos, pelo contrário, apesar da situação económica do país, os pais continuaram a apostar em colocar os seus filhos em estabelecimentos de ensino que cobram valores mensais entre 200 e 300 euros. No Colégio Rainha D. Leonor, pertencente ao grupo GPS, vão funcionar sete turmas com 140 alunos, mais dez do que no ano lectivo anterior. A mensalidade custa 250 euros. Mas há mais despesas. Por exemplo, o valor do prolongamento de horários, se requisitado, representa mais 50 euros. Um montante que não demove os encarregados de educação. Anabela Dias optou por tirar o filho de oito anos da escola da rede pública e colocá-lo a frequentar o 3º ano no Colégio. “Não gostei da escola em que ele andou e achei insuficiente para educá-lo da melhor maneira, e ele próprio sentia-se distante. Amigos deram-me boas referências e escolhi o Colégio”, relatou. “É um investimento grande, mas acaba por ser compensador, porque aqui encontro outras condições, ao nível da segurança e do ensino. Os resultados justificam a aposta, mesmo que saia mais caro”, manifestou. “Primeiro está a qualidade, porque queremos o melhor para os nossos filhos, dentro das possibilidades financeiras”, indicou Paulo Serra, cujo filho de seis anos entrou para o 1º ciclo no Colégio. “Sabemos como está o país, mas esta escola resolve outro problema que é permitir conciliar o trabalho dos pais com os horários dos filhos, e isso supera os custos que temos”, explicou. Tânia Galeão, da direcção pedagógica, reconheceu que perante a crise havia “alguma ansiedade por saber se a procura se mantinha, mas os pais confiaram no nosso projecto e na exigência do nosso ensino, e isso tem a ver com a relação que criámos entre educadores, pais e alunos”. O 1º ciclo no Colégio iniciou-se em 2006 (um ano depois da inauguração da escola). Os alunos têm também de comprar uniforme na escola (a valores semelhantes aos praticados nas lojas de roupa). A escola tem sete professores, para além dos docentes das actividades extracurriculares – educação física, inglês, expressão dramática, expressão plástica, música, filosofia e economia – e quatro funcionários. Existem duas turmas do 1º ano, uma do 2º, duas do 3º e duas do 4º. As aulas começaram a 1 de Setembro. Ao nível do 1º ciclo outras três escolas privadas nas Caldas da Rainha abriram turmas – O Brinquinho, na Matoeira, a Infancoop, no Bairro dos Arneiros, e o Centro Social e Paroquial das Caldas da Rainha, junto à EDP. A maioria das escolas da rede pública “não está completamente cheia”, garantiu o vereador do pelouro da educação, Tinta Ferreira. “O que pode acontecer é alguns pais não conseguirem colocar os seus filhos em determinadas escolas que preferiam, mas existem vagas noutras escolas”, ressalvou, confirmando que as informações de que dispõe não dão conta “da migração de alunos das escolas privadas para as públicas, como acontece noutras zonas do país”. Colégios com mais estudantes O Colégio Rainha D. Leonor tem turmas do 1º, 2º e 3º ciclo e secundário. Só o 1º ciclo cobra mensalidades. São 1250 alunos e 51 turmas, números ligeiramente superiores aos do ano passado. “O 5º ano está cheio e há imensos pedidos de espera. Pensámos que com a instabilidade financeira podiam não nos procurar, por recearem que pudéssemos vir a fechar e não houvesse continuidade, mas isso não se verificou. Há muitos alunos de outras escolas que querem vir para o Colégio”, disse Sandra Santos, relações-públicas da escola, que recebe preferencialmente alunos do Bairro dos Arneiros e das freguesias da Foz do Arelho e do Nadadouro. Quem faz parte do ensino articulado com dança (Escola Vocacional de Dança) ou com música (Conservatório de Música) tem igualmente matrícula assegurada. Os resultados dos alunos, que colocam a escola a bom nível no ranking distrital, influenciam a escolha. Parcerias com a Academia de Ténis, o Caldas Rugby Clube e o Sporting Clube das Caldas em voleibol, fazem com que atletas com alguma projecção escolham o Colégio para estudar, devido à facilidade de horários. As aulas nesta escola pública com gestão privada começaram na passada segunda-feira. Pertencente ao mesmo grupo – GPS – o Colégio Frei Cristóvão, em A-dos-Francos, com alunos do 5º ao 9º ano, tem 470 alunos, distribuídos por 17 turmas. Não houve redução. Os professores são 28 e os funcionários são 12. A recepção aos alunos teve lugar na passada sexta-feira e os pais também receberam uma explicação acerca do funcionamento da escola. Os alunos podem integrar diversas academias criadas no Colégio, dedicadas ao desporto, ao teatro, à música, à moda, às ciências, à pintura, entre outras. Há diversas saídas de campo para, por exemplo, visitar pomares, e um projecto de monitorização do Rio Arnóia. Às quartas-feiras à tarde não há aulas e o horário nos restantes dias é entre as 9h e as 17h20. As freguesias de A-dos-Francos, São Gregório, Landal e Alvorninha e povoações no limite do concelho do Cadaval são as zonas de proveniência dos alunos. Quem esteja no ensino articulado de música (Academia de Música de Alcobaça) também tem acesso ao Colégio. O transporte escolar é gratuito para os alunos residentes no concelho. Os restantes (cerca de cem) pagam entre 15 a 35 euros por mês. “Há pais que dizem que preferem continuar a fazer um esforço financeiro para manter os alunos aqui”, referiu José Francisco, director do Colégio Frei Cristóvão. Francisco Gomes (texto) Carlos Barroso (fotos)

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