A população de uma aldeia do Bombarral esteve sem comunicações telefónicas ao longo de uma semana. A situação indignou residentes e empresários do Cintrão, que se sentiram lesados por não terem telefone, Internet e, nalguns casos, televisão, nem serem informados do que se passa. Alguns residentes concentraram-se no café e mini-mercado “Pinheiro” para darem conta da sua insatisfação. Clara Dias, proprietária do café, contou que desde o último dia de Agosto e até quarta-feira da semana passada “ficámos sem telefone, Internet e serviço MEO, e até o terminal do Totoloto e Euromilhões deixou de funcionar”. “Apenas quem nos deu resposta pronta foi a Santa Casa da Misericórdia, proprietária dos jogos, que em três horas nos resolveu a situação do terminal do Totoloto e Euromilhões”, indicou. “Tenho dado o meu telemóvel particular para as pessoas encomendarem refeições e reservarem mesas”, adiantou. “Todos os dias tenho contactado a PT e ninguém soube dizer nada de concreto. E nunca apareceu cá alguém para falar connosco”, lamentou Maria do Rosário, moradora na aldeia, com cerca de 700 habitantes e dezena e meia de empresas. “Tenho dois miúdos que utilizam Internet todos os dias e ficaram em casa sem nada”, disse. Olinda Mendes, gerente da empresa de mármores MCMendes, minimizou os efeitos da falta de comunicações “utilizando Internet portátil e recorrendo ao reencaminhamento de chamadas para o telemóvel”. “É a única maneira. Uma firma não pode estar incontactável tantos dias”, manifestou, referindo que vai pedir a devolução do dinheiro do período em que não usufruiu do serviço telefónico. Herculano Esteves declarou que dos contactos que fez com a PT ficou a saber que “havia uma avaria em algum lado, mas não sabiam onde é que era o mal”. Depois de ter de recorrer à Internet na casa de um amigo, nas Caldas da Rainha, Mário Cipriano, que vive esporadicamente no Cintrão, relatou ao JORNAL DAS CALDAS que tinha decidido regressar a Lisboa para conseguir ter acesso à Internet, porque a sua falta estava a prejudicá-lo e à sua esposa, por motivos profissionais. “A PT mantém uma postura rígida de informar apenas que a situação está controlada e que será reposta em 48 horas, mas repete isso sem que a solução apareça. E ainda por cima temos de estar a pagar chamadas a 30 ou 40 cêntimos por minuto para ligar para um número de assistência ao cliente. É quase pornográfico esse valor de taxa”, contestou. No seu entender, esta postura “deve-se ao facto de não haver concorrência de outros serviços, porque não há Cabovisão, Zon ou Clix no Cintrão”. Afirmou ainda duvidar que a PT faça o reembolso automático do valor cobrado nos dias em que não houve serviço telefónico. “Sei que vou andar às bolandas para ser reembolsado”, comentou. Fonte ligada à PT revelou que o problema, que afectou também a povoação vizinha de Vale Pato, se deveu a uma avaria num cabo enterrado, possivelmente relacionada com obras de requalificação de uma estrada nacional. A reparação ficou concluída na passada quinta-feira. Francisco Gomes (texto) Carlos Barroso (fotos)
Aldeia do Bombarral uma semana sem telefone nem Internet

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