Os militares do destacamento da GNR das Caldas da Rainha, através do seu departamento da Escola Segura iniciaram uma ronda pelas escolas desenvolvendo acções de sensibilização para o arranque do ano lectivo. O JORNAL das CALDAS acompanhou uma dessas acções de sensibilização no Colégio Frei Cristóvão, em A-dos-Francos, onde os pais e alunos tiveram oportunidade de ouvir conselhos da capitão Ana Vaz, do Alferes Óscar Capelo, do cabo João Frango e da soldado Catarina Antunes. Entre estes conselhos estão o não aceitar boleia, doces ou qualquer oferta de um desconhecido. Fazer o percurso da escola sempre com amigos. Informar os pais sobre os percursos de ida e volta e evitar caminhos locais poucos frequentados. Os alunos devem evitar andar com muito dinheiro e nunca o mostrar para evitar os roubos. Os jovens devem evitar objectos perigosos como facas ou armas. Nunca devem tocar em seringas que encontrem pelo chão. No campo da segurança rodoviária as crianças foram aconselhadas a nunca atravessar a estrada fora das passadeiras e mesmo aí devem parar e olhar antes de efectuarem o atravessamento. Os jovens não devem brincar ou jogar junto de estradas e quando andarem de bicicleta devem circular sempre pela direita. Por último foi deixada a mensagem de que os guardas e polícias são pessoas a quem devem confiar e a quem devem recorrer sempre que se aperceberem de algum comportamento anormal. Os militares lembraram as normas de segurança e de transporte das crianças, para se evitarem acidentes e multas desnecessárias se as mesmas forem cumpridas. Assim, as crianças devem ser transportadas em sistemas de retenção adequados à idade e peso e que estes aparelhos sejam homologados. Além destes conselhos no âmbito da segurança escolar os militares lembraram alguns cuidados básicos na segurança rodoviária. Durante esta sessão o director do Colégio de A-dos-Francos deu algumas explicações de como irá funcionar o novo ano lectivo. No final dois encarregados de educação comentaram estas acções, descrevendo-a como muito importante e enriquecedora para a comunidade. “As explicações, quer da escola, quer da GNR, são muito elucidativas. O ambiente é óptimo e estou muito confiante”, disse Isabel Gonçalves, residente em Rio Maior. Segundo a progenitora, de 37 anos, “as explicações da GNR acabam por ser mais importantes porque nós, pais, temos de estar mais atentos aos perigos da Internet e da segurança rodoviária. É sempre bom ter um agente de autoridade a falar nas escolas. Espero que este dia seja repetido por mais dias ao longo do ano”. Esta mãe considerou mesmo que as escolas estão piores a nível de segurança, daí que tenha optado por transferir os filhos para A-dos-Francos. Levada a comentar se seria uma despesa grande manter os dois filhos em A-dos-Francos, Isabel Gonçalves assegurou que compensa, apesar de ter gasto um ordenado só para comprar os livros para os dois filhos que frequentam o 5º e 7º anos de escolaridade. “É mais longe, mas o nível do ensino e de segurança é excelente. Já passei por experiências e sinto-me muito segura. Se preciso de alguma coisa posso ligar para o director de turma, para a escola e todos me comunicam tudo. É um ambiente familiar”, vincou. Fátima Rosário, residente em Alvorninha, sente-se muito satisfeita com os conselhos que levou. “Relembramos de algumas coisas a nível da segurança. Mas o mais complicado é mesmo a Internet e como não tenho Internet em casa, tento perceber”, referiu. Esta encarregada de educação de uma filha e uma neta sublinhou que o dinheiro que gasta para ambas é muito grande. “Não há dinheiro que chegue para comprar tantos livros. É muito complicado comprar livros para as duas. Uma está no 5º e outra no 9º ano e é uma despesa muito grande e ainda faltam os materiais escolares. Para conseguir comprar os livros temos de poupar e muito”, desabafou a encarregada de educação com 48 anos. Carlos Barroso