A sétima edição do Festival de Ópera de Óbidos ficou marcada pela chuva. Em vez das duas apresentações da ópera “Carmen”, de Bizet, como estava previsto, só foi possível concretizar um espectáculo. Com cerca de 800 pessoas na Cerca do Castelo, a ópera fez a sua estreia em Óbidos no domingo. No inicio do espectáculo o tempo estava óptimo mas no final do primeiro intervalo a chuva miudinha começou a ameaçar a representação. Mas com a colocação de uma estrutura para proteger a orquestra a ópera realizou-se até ao final. A chuva não impediu os intérpretes de brilharem no palco e o público não se afastou fazendo a ópera um êxito. “As condições não foram as ideais, especialmente para os cantores mas acho que a ópera correu muito bem”, disse, António Vassalo Lourenço no final da apresentação no domingo à noite. “Estava uma noite a prometer ser fantástica quando começámos a recita não só não estava frio como não havia vento nem humidade e ao primeiro intervalo começou a aparecer a humidade. Protegemos a orquestra como já estava previsto e após o segundo intervalo é que se tornou mesmo muito complicado”, adiantou o maestro, satisfeito apesar da chuva, de ter levado o espectáculo até o fim. “Se o publico fica, nós também temos que ficar, por respeito aos espectadores”, relatou o director artístico da Orquestra. Segundo António Vassalo Lourenço, “as pessoas da Óbidos Patrimonium também são impecáveis, estão muito atentas e em conjunto ultrapassámos os problemas”. O maestro que conhece bem os festivais de ópera de Óbidos, considera a cerca do castelo um espaço óptimo, com um enquadramento “muito bom”. “Sabemos que o tempo aqui é sempre um bocadinho incerto e também já contamos com algum frio e vento, mas com a chuva é quase impossível”, sublinhou. O pior foi para as 800 pessoas que não conseguiram ver o espectáculo. A estreia com lotação esgotada esteve prevista para sábado à noite, mas acabou por ser adiada para segunda-feira, depois de os espectadores terem esperado hora e meia, à chuva. Após a espera e depois do público dar mostras de descontentamento, foi o maestro quem explicou que a ópera não iria ser apresentada por motivos técnicos, apesar de o elenco de cerca de 120 pessoas (incluindo a orquestra Filarmonia das Beiras e dois coros, um dos quais infantil) ter subido ao palco para mostrar que “também estava à espera que o tempo melhorasse para subirem começarem o espectáculo”. A organização deu ao público a possibilidade de reaver o preço do bilhete (35 euros) ou assistir ao espectáculo na segunda à noite, mas perante a chuva o espectáculo teve que ser cancelado outra vez. Em declarações ao JORNAL DAS CALADS, José Parreira, administrador da Óbidos Patrimonium, empresa municipal responsável pela organização de eventos em Óbidos, disse que “no sábado esperamos esse tempo todo antes de cancelar porque pensavam que a chuva parasse mas na segunda perante as previsões do tempo decidimos cancelar atempadamente”. Segundo este responsável as pessoas que compraram bilhete serão todas reembolsadas causando um prejuízo de cerca de 20 mil euros. Quanto à organização mudar para o ano o local dos espectáculos ou de colocar uma estrutura em toda o recinto, José Parreira disse que “há dez anos que se realiza na cerca do castelo, ao ar livre e só dois espectáculos foram cancelados, o de Teresa Salgueira e agora este” Com um orçamento de 150 mil euros, o mais reduzido de sempre, o festival apresentou este ano apenas uma ópera – “Carmen”, de Georges Bizet – interpretada pela Orquestra Filarmonia das Beiras e dirigida pelo maestro Vassalo Lourenço. Carmen é considerada uma das mais populares obras de Bizet, que começou a compô-la em 1873. Foi estreada em Paris, em 1875, e teve uma aceitação moderada, o que levou Bizet a uma depressão profunda. A extraordinária popularidade desta obra em todo o mundo deve-se principalmente aos ingredientes que compõem a sua construção e muito especialmente à sua originalidade no tratamento do tema. Com uma pulsação sentimental acentuada, envolta em amor, paixão, sedução e traição os seus personagens desenvolvem-se de forma a cativar o público desde as primeiras notas, numa quase intoxicação de sensualidade . O contraste das duas personagens femininas Carmen e Micaela , estabelece o centro de uma acção dramática violenta que dá motivos de sobra para este melodrama no qual as cenas são vividas ,plenas de emoções fortes e cor local. O pianista e compositor Pedro Burmester estiveram no passado dia 6 de Agosto à noite em Óbidos onde, em conjunto com a Orquestra Filarmonia das Beiras, deram o Grande Concerto de Beethoven. O espectáculo decorreu na cerca do castelo, e esteve integrado no Festival de Ópera de Óbidos. Marlene Sousa
Chuva marcou a apresentação da ópera “Carmen”, de Bizet em Óbidos
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