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Centro Hospitalar Oeste Norte deixa utentes satisfeitos

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Segundo um estudo que englobou diversos hospitais no país, nas unidades que compõem o Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) – Alcobaça, Caldas e Peniche – a percentagem de satisfação é francamente positiva e satisfatória por parte dos utentes. Carlos Sá, presidente do Conselho de Administração (CA) do CHON, considera “o resultado bastante positivo”, reconhecendo que […]
Centro Hospitalar Oeste Norte deixa utentes satisfeitos

Segundo um estudo que englobou diversos hospitais no país, nas unidades que compõem o Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) – Alcobaça, Caldas e Peniche – a percentagem de satisfação é francamente positiva e satisfatória por parte dos utentes. Carlos Sá, presidente do Conselho de Administração (CA) do CHON, considera “o resultado bastante positivo”, reconhecendo que existem áreas a melhorar, nomeadamente “nas reclamações, que estão relacionadas com tempos de espera”. “Cerca de 75 por cento do peso da reclamação está relacionada com o tempo de espera. As pessoas queixam-se que estão muito tempo à espera. Estamos a tentar implementar uma solução para reduzir o número, mas nunca vamos conseguir reduzi-lo na globalidade. O problema não está aqui, está a montante. As pessoas devem dirigir-se ao seu médico de família, principalmente as pessoas identificadas como verdes ou azuis. São essas pessoas nem sequer deveriam de estar aqui”, disse. O estudo realizado por entrevistas telefónicas, entre Julho de 2009 a Março de 2010, não difere o grau de satisfação no atendimento dos utentes entre Alcobaça, Caldas e Peniche, mas coloca na globalidade o CHON em primeiro lugar, com 80,6 por cento de satisfação no que diz respeito ao serviço de consultas externas, em sétimo lugar, com 82,4 por cento de satisfação no que diz respeito ao serviço de cirurgias de ambulatório, em quarto lugar, com 66,8 por cento de satisfação no que diz respeito ao serviço de urgências e em terceiro lugar, com 82,5 por cento de satisfação no que diz respeito ao serviço de internamento. Este estudo não foi disponibilizado, mas foi apresentado pelo actual presidente do CA do CHON. Foi realizado a pessoas 540 utentes, num universo de mais de 29 mil utentes dos restantes hospitais do país. Dos 540 utentes do CHON, responderam 138 pessoas sobre satisfação do serviço de internamento, 137 pessoas responderam sobre o serviço de consulta externa, 117 pessoas responderam sobre o serviço de ambulatório e 148 pessoas responderam sobre o serviço de urgência. Do que foi dado a conhecer do documento, na globalidade do CHON há bons enfermeiros, bons médicos, bons tratamentos e alimentação, já que em muitos desses parâmetros o grau de satisfação é dos mais altos a nível nacional. Curioso é que o CHON aparece como sendo das unidades na Região de Lisboa e Vale do Tejo como a que melhor grau de satisfação apresenta. Este dado, poderá, ser a causa dos sucessivos adiamentos da ampliação e até construção de uma nova unidade para o Oeste Norte, numa condição que Carlos Sá não quis “comentar nem misturar” na apresentação deste estudo. “As pessoas estão bastantes satisfeitas com o tipo de tratamento que recebem no CHON e essa é única resposta que posso dar. Quanto ao resto, obviamente que se as pessoas estiverem em melhores condições estarão ainda mais satisfeitas. A necessidade de ampliar o Hospital prende-se em ter maior capacidade de resposta ao número de utentes e à zona de referência que passou a ter. Este hospital atendia basicamente doentes das Caldas, Bombarral e Óbidos e neste momento tem de dar resposta mais diferenciada para uma população que é o dobro. A necessidade de ampliação resulta disso”, disse. “Não sei se o problema é só falta de espaço. Não sei se é possível fazer algo melhor do que aquilo que está a ser feito. Temos de avaliar as questões do espaço físico, as questões do número de médicos que precisamos ter e a falta deles. Temos de avaliar o funcionamento integrado da urgência”, acrescentou Carlos Sá. Onde existe maior insatisfação é no serviço de urgência. Uma das medidas pode passar por colocar numa outra sala os doentes que se dirigem ao serviço de urgência e que ficam classificados como verdes e azuis, porque em grande medida aguardam cerca de 12 a 14 horas para serem atendidos. Para combater estes dois problemas está pensada uma articulação com os Centros de Saúde no sentido de as pessoas irem primeiro a esses locais. “Estamos a trabalhar nesse sentido de separar os doentes, mas temos aqui um problema de espaços físicos e estamos a avaliar como poderemos fazê-lo. Infelizmente estamos num país onde as urgências são um local de destino de todas as pessoas. As urgências são para casos agudos e urgentes. Cerca de 70 a 80 por cento das pessoas que aqui vêm não precisavam de cá vir, porque são verdes e azuis. Se tirarmos das urgências cerca de 30 por cento das pessoas, mudava significativamente a qualidade e tempo de resposta”, reforçou. Às urgências chegam cerca de duzentos doentes por dia. Cerca de 150 vão ao Hospital de Caldas e os profissionais não conseguem dar resposta em tempo útil a todos porque não existe número de clínicos suficiente e não existe espaço para receber mais pessoas. “Mensalmente temos reuniões com o ACES Oeste Norte no sentido de não termos doentes que não fazem sentido que venham às urgências. Vamos colocar nas urgências informação para as pessoas irem ao médico de família, mas julgo que isto é um problema cultural. As pessoas só mudarão de atitude quando conseguirmos implementar um sistema de Linha Verde que permita que pessoas que vão ao Centro de Saúde e que efectivamente precisam de vir às urgências entrem mais depressa na urgências. É preciso que as pessoas que estão aqui há dez horas vejam essas pessoas e saibam que as pessoas que foram ao Centro de Saúde já lhes passaram à frente”, disse. No estudo ficou-se a saber que os utentes mais complicados são aqueles que tem mais idade. “O Oeste Norte tem uma população com mais de 65 anos e tem um nível de envelhecimento superior à média nacional. Dos municípios de abrangência do CHON, Alcobaça, Peniche e Nazaré tem a população mais jovem enquanto Bombarral e Óbidos tem a faixa etária mais idosa do Oeste Norte”, apresentou Carlos Sá. O CHON dá resposta a cerca de 200 mil pessoas, que em determinados picos pode chegar aos 229 mil pessoas em seis municípios, Alcobaça, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche e Bombarral. Em conclusão, Carlos Sá comunga da opinião de que as pessoas se queixam muito pelo tempo de espera, mas depois de consultadas, gostam dos serviços. “É isso que representa o estudo. Todos os itens estão acima dos 80 por cento e só os tempos de espera é que baixam o grau de satisfação”, disse. Carlos Barroso Legenda: Carlos Sá, presidente do Conselho de Administração

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