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Artigo 38 Centenário da Implantação da República (1910-2010)

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Numária O Papel-moeda 1910 – 2010 Por: Luís Manuel Tudella CEM ESCUDOS Bocage Chapa 8 A figura de Bocage, apresentado na frente da nota com a chapa 8, foi a escolhida pelo Banco de Portugal para a ilustração da sua penúltima nota de cem escudos. As maquetas iniciais são da autoria do arquitecto João de […]
Artigo 38 Centenário da Implantação da República (1910-2010)

Numária O Papel-moeda 1910 – 2010 Por: Luís Manuel Tudella CEM ESCUDOS Bocage Chapa 8 A figura de Bocage, apresentado na frente da nota com a chapa 8, foi a escolhida pelo Banco de Portugal para a ilustração da sua penúltima nota de cem escudos. As maquetas iniciais são da autoria do arquitecto João de Sousa Araújo. O fabrico e a estampagem das notas ficaram a cargo da casa Bradbury, Wilkinson & Cº. Ltd., New Malden, Surrey. A frente da nota é composta por duas estampagens calcográficas; uma a azul com o retrato do poeta Bocage, que teve por modelo uma gravura delineada pelo pintor Henrique José da Silva e pelo mestre italiano Francesco Bartolozzi, no ano de 1806 e ornamentos; a outra a castanho acinzentado, com a legenda Banco de Portugal, o escudo nacional e o número 100 no canto superior direito. O verso tem uma estampagem calcográfica, a azul, apresentando uma gravura antiga “O Rossio nos princípios do século XIX”, na cidade de Lisboa. Os fundos da frente e do verso das notas são impressos em “offset” e constituídos por desenhos ornamentais. O papel é de fabrico de Portals, Limited, Overton, Basingstoke, Hampshire, tem como marca de água o retrato de Bocage, e na parte inferior a legenda Banco de Portugal. Possui um filete de segurança, descontínuo. Dimensões da nota 149 x 74 mm. Foram emitidas 64 344 000 notas com as datas de 2 de Setembro de 1980, 24 de Fevereiro de 1981, 31 de Janeiro de 1984, 12 de Março de 1985 e 4 de Junho de 1985. A primeira emissão de 3 de Dezembro de 1980, e a última em 4 de Junho de 1985. Foram retiradas de circulação em 31 de Maio de 1990. Biografia: Manuel Maria Barbosa du Bocage, mais conhecido por Bocage, nasceu em Setúbal, em 15 de Setembro de 1765; era um dos cinco filhos de José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor e advogado, e de sua mulher Mariana Joaquina Xavier l´Hedois Lustoff du Bocage. Foi um poeta satírico português, árcade e precursor do romantismo em Portugal. Foi o maior representante do arcadismo lusitano: – “ escola literária, surgida no século XVIII, na Europa, sendo a sua principal característica a exaltação à natureza”. A veia poética de Bocage tem ascendentes familiares, pois sua mãe era sobrinha da célebre poetisa francesa Anne-Marie Le Page du Bocage, autora da tragédia “As Amazonas” e do poema em dez cantos “A Columbiada”. Bocage teve uma infância muito infeliz marcada naturalmente pela prisão do pai durante seis anos e da morte da mãe quando tinha apenas dez anos. Não se sabe se estudou, mas segundo a sua obra, tudo indica que estudou os clássicos, as mitologias gregas, latinas, e estudou a língua francesa. No ano de 1781, assentou praça, aí permanecendo até finais de 1783. Neste mesmo ano foi admitido na Escola da Marinha Real, onde cursou para guarda marinha. Na parte final do curso desertou, quando a sua fama como poeta e versejador corriam por toda a cidade de Lisboa. No ano de 1786, embarca como oficial de marinha para a Índia, atracando no Rio de Janeiro em Junho do mesmo ano. Depressa se encantou pela bela cidade; pretendendo permanecer por ali, dedicou ao Governador alguns poemas cheios de bajulações, com o fim de obter os seus intentos; como não era pessoa que se deixasse levar em modos de servilismo, este fez Bocage prosseguir viagem para as Índias. Bocage chegou à Índia, após uma escala na ilha de Moçambique, em Outubro de 1786. Na cidade de Pangim continuou os seus estudos regulares da marinha, após os quais foi colocado em Damão. No ano de 1789, desertou e embarcou para Macau. Foi preso pela Inquisição; nesse espaço de tempo dedicou-o à tradução dos melhores poetas franceses e italianos de então. A sua maior produtividade literária concorreu com o período de maior boémia e de aventuras, que se prolongaram pela última década de noventa. No ano de 1790 foi convidado a aderir à Academia das Belas Artes, ou a Nova Arcádia, o qual aceitou de imediato, adoptando o pseudónimo de “Elmano Sadino”. Este convite foi uma passagem efémera, pois pouco depois escrevia fortes e ferozes sátiras contra os confrades. No ano de 1791, publica-se a 1ª.edição das “Rimas”. Em Agosto de 1797, foi-lhe dada ordem de prisão, alegando que era uma pessoa portadora da “desordem nos costumes”, sendo encarcerado, primeiro no Limoeiro em Lisboa, e depois no Real Hospício das Necessidades, até Novembro do mesmo ano. Durante este espaço de tempo, Bocage, talvez por interferência dos padres beneditinos, mudou o seu comportamento, começando a trabalhar como redactor e tradutor de obras literárias; saiu em liberdade no último dia do ano de 1798. De 1799 a 1801, trabalhou afincadamente com Frei José Mariano da Conceição Veloso, frade de origem brasileira e politicamente bem visto nas graças do Intendente Pina Manique, que o encarregou de trabalhos para tradução. Muitos atribuem a autoria de muitas anedotas grosseiras a Bocage, o que não é verdade, pois na Lisboa de então e em especial na última década do século XVIII, uma das intervenções do Intendente Pina Manique, visou pôr ordem na cidade, devido aos excessos que aí proliferavam. Bocage faleceu na cidade de Lisboa em 21 de Dezembro de 1805 com um aneurisma numa casa modesta e de aluguer. Principais obras: 1- A Morte de D. Ignez; 2- A Pavorosa Ilusão; 3- A Virtude Laureada; 4- Elegia; 5- Improvisos de Bocage; 6- Mágoas Amorosas de Elmano; 7- Queixumes do Pastor Elmano contra a Falsidade da Pastora Urselina. Obras traduzidas: 1- As plantas; 2- Os jardins ou a arte de aformesear as paizagens. Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. História de Portugal de Pinheiro Chagas; Wikipedia. Trechos avulsos. Óbidos, Março 2010.

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