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Presidente Abstenção

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As últimas eleições presidenciais resultaram no que era já esperado e anunciado. Cavaco ganhou, menos confortavelmente do que se supunha, é certo, mas ainda assim a 30 pontos do distante segundo classificado na corrida presidencial e cara da absurda nova aliança entre a esquerda radical e um PS cada vez mais centrista: Manuel Alegre. De […]
Presidente Abstenção

As últimas eleições presidenciais resultaram no que era já esperado e anunciado. Cavaco ganhou, menos confortavelmente do que se supunha, é certo, mas ainda assim a 30 pontos do distante segundo classificado na corrida presidencial e cara da absurda nova aliança entre a esquerda radical e um PS cada vez mais centrista: Manuel Alegre. De resto, excluindo o outro candidato socialista, Defensor Moura, todos os candidatos ganharam. Cavaco venceu Alegre, Nobre venceu as sondagens e o PCP, Coelho venceu aqueles que o achavam demasiado ridículo para ter mais de 2 votos (como eu, diga-se) e Defensor Moura, e, por fim, o PCP teve (mais) uma vitória sui generis, ou seja, um triunfo eleitoral à la Jerónimo: péssimo, para não dizer humilhante, resultado, mas com direito a discurso de vitória contra a opressão imperialista e o grande capital de sempre. Em todo o caso, ganharam quase todos, independentemente do verdadeiro significado de algumas das “vitórias”. Porém, o dado mais importante e digno de reflexão destas Presidenciais é, sem dúvida, a terrivelmente alta taxa de abstenção, que, curiosamente, se deu em eleições cujo objectivo era eleger um novo Presidente, precisamente no 100º aniversário da República. É, assim, numa altura em que o regime se celebra a si mesmo, sem que haja mais ninguém para o festejar, que o povo português decide fazer das eleições, que, supostamente, deveriam ser a voz de todos, uma coisa de minorias, e do cargo de Presidente, que deveria ser legitimado por uma maioria popular, algo votado por apenas 25% dos eleitores. Tal como a carreira política de Manuel Alegre, que, com dois partidos a apoiá-lo conseguiu ter um resultado pior que em 2006, também o regime, a sua utilidade e a sua legitimidade estão em queda livre. Não devido a uma conspiração monárquica mas sim à vontade dos portugueses, vontade essa que foi expressa de forma peremptória nos resultados das eleições: Cavaco ganhou, sim, mas perdeu toda e qualquer legitimidade, tal como o regime que representa. Foi a República a pior perdedora da última noite eleitoral. Pior até que Alegre. Portugal e, em especial, a luta dos monárquicos portugueses, entra assim num novo período. A desculpa de sempre em favor do regime republicano, a da universalidade da escolha, já não se põe. Cavaco, não pode ser um presidente legítimo de um regime de igual legitimidade porque não foi a primeira escolha dos eleitores. Houve bem mais portugueses a preferir mostrar o seu descontentamento com o regime ao não votar em nenhum dos candidatos e a não participar nestas últimas eleições que aqueles que votaram no vencedor. A abstenção dos portugueses, a sua moção de censura a esta República podre, foi a única verdadeira vencedora da noite eleitoral de domingo. Ao abster-se, a Pátria falou, ou, melhor, gritou. Obrigar a classe política a ouvir o seu desesperado brado por mudança é o novo desafio que irá pôr à prova os monárquicos e os patriotas de Portugal. Rafael Borges

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