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Decidir sobre o caminho a tomar, o que fazer, é um dos eternos dilemas do homem e muitos pensadores assim o entenderam desde a mais remota antiguidade. O Antigo Testamento, que além de alguns pensamentos originais (poucos) é o repositório de saberes e mitos muito mais antigos, refere que o já então velho, e por […]

Decidir sobre o caminho a tomar, o que fazer, é um dos eternos dilemas do homem e muitos pensadores assim o entenderam desde a mais remota antiguidade. O Antigo Testamento, que além de alguns pensamentos originais (poucos) é o repositório de saberes e mitos muito mais antigos, refere que o já então velho, e por isso sábio, Deus nos ofereceu como sendo um dom, aquilo que não passa de um presente envenenado, precisamente o que por ali se escreve de livre arbítrio, que o tornava responsável, quisesse ou não. Uma maneira elegante de facilitar que o Ente imaginado pudesse lavar daí as suas mãos, como não podia deixar de ser, apesar da sua capacidade de omnipresente e omnipotente. Os homens sempre tiveram uma notável capacidade para imaginar mitos e assim enganarem-se uns aos outros. São tantas as situações em que nos deparamos com a necessidade de tomar uma opção que, caso as compilasse, qualquer um de nós poderia escrever um livro, destes com mais quinhentas folhas (cheias de palha) como agora é moda. Entre as mais recentes há uma que já comentei noutra carta anterior. Refiro-me à convocatória para que todos, sem excepção, contribuirmos com o nosso sacrifício para “salvar o País”. Se acreditássemos no Pai Natal (deixei sossegado, de propósito, o venerado Menino Jesus) podíamos e devíamos entrar nesta acção patriótica. Pelo contrário, se abrirmos os olhos encontraremos dezenas de justificações para enviar estes cantos de cisne para o caixote do lixo. A norma passa a ser a já antiga: cada um que trate de se desenrascar! Dadas as isenções de que tão magnanimamente distribuíram entre si os poderosos, como podemos criticar as providências cautelares? E as outras artimanhas que proliferam neste ambiente apodrecido? Caso me atrevesse a dar uma sentença neste caso ela seria no estilo de com este andar não chegaremos a lado nenhum. Minto. Pois claro que chegaremos, e mais depressa do que desejamos, mas o fim da linha será numa estação abandonada, desactivada como agora de diz. Outro caso que, apesar de corresponder a uma atitude cívica louvável, também tem os seus pontos negros, é o das jornadas de recolha de alimentos para o Banco Alimentar. Todos contribuímos, uns mais e outros menos. Muitos entregam horas da sua vida para organizar, recolher, classificar e distribuir, sempre na mira de ajudar quem precisa. Mas (o eterno mas…) serão só estes necessitados que ajudamos? Para já as grandes e médias superfícies vendem – entre todas – muitas toneladas de artigos num fluxo que lhes calha muito bem. E o fisco recebe o IVA, esfregando as mãos. Aliás a máquina fiscal faz o mesmo quando se envia um donativo, via bancária, para uma conta de solidariedade. Ou seja, entre a mão do benfeitor e a do ajudado há umas garras que rapam a sua parte, sem serem directamente convidadas. Mais vale não procurar imaginar para vão estas importâncias que caem do céu aos trambolhões nas arcas do estado. A argumentação de que tudo será distribuído pela população não nos pode convencer, e digo isso porque não há dia em que não me entre pela casa adentro mais uma lista de quantias repartidas entre as centenas de abutres, digo melhor: milhares! Mais escandaloso, se puder ser, é o que sucede com as campanhas de ajuda às populações africanas, e em especial com Angola. É arquisabido que tudo aquilo que se envia gratuitamente para lá cai no domínio dos grupos que exploram os seus compatriotas e que depois vendem para engordar mais as suas fortunas escandalosas. Creio que só a Caritas, que criou uma rede de distribuição própria, Ligada às missões, (nem tudo pode ser mau) consegue chegar directamente aos necessitados, pelo menos numa parte do total. A meu entender, a ajuda que se podia dar para melhorar as condições de vida daqueles povos era a de não colaborar com as negociatas da presidência, familiares e companheiros. Mas esta não é uma atitude que o nosso estado possa nem sequer pensar em tomar. Prefere esconder a verdade e impingir a solidariedade aos portugueses, como se todos fossem culpados dos abusos coloniais, que, por outro lado, já prescreveram. Alberto Virella

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