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Idosos da Misericórdia das Caldas precisam de ser visitados

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“Temos uma lista de espera bastante grande que rondará as 400 pessoas. Algumas chegam a estar mais de dez anos à espera”, relata Lalanda Ribeiro, provedor da Misericórdia das Caldas da Rainha, reconhecendo a falta de lotação do lar que funciona na instituição, que acolhe 67 idosos e é o maior do concelho. “A população […]
Idosos da Misericórdia das Caldas precisam de ser visitados

“Temos uma lista de espera bastante grande que rondará as 400 pessoas. Algumas chegam a estar mais de dez anos à espera”, relata Lalanda Ribeiro, provedor da Misericórdia das Caldas da Rainha, reconhecendo a falta de lotação do lar que funciona na instituição, que acolhe 67 idosos e é o maior do concelho. “A população está a envelhecer e cada vez há mais necessidade de lares. Os que abrem, pertencentes a instituições sem fins lucrativos, ficam logo cheios à partida”, indica. O responsável considera que “não podemos esticar a capacidade por falta de espaço físico e por acharmos que se recebermos mais idosos deixa de haver tratamento personalizado”. Neste lar trabalham 80 funcionários, que também dão apoio às outras valências da Misericórdia – Centro de Acolhimento Temporário, Jardim de Infância, Internato Feminino, Apoio Domiciliário e Casa de Repouso. Em média estima em 800 euros a despesa com cada idoso. “É mais de metade do que aquilo que cobramos, baseado numa fórmula da Segurança Social que nem temos estado a aplicar plenamente, porque as pessoas têm dificuldades, mas temos de rever a partir de 2011, caso a caso, para equilibrarmos as contas”, afirma, mas “ninguém vai ficar na rua”, assegura. “Somos o lar com mensalidades mais baixas. Ficamos com 70% da reforma dos idosos, que têm pensões mínimas. 30% é para o idoso, desse é retirada uma verba para fraldas e medicamentos. Mensalmente são entregues 40 euros ao idoso. O resto fica no depósito em nome do utente. A comparticipação do Estado não chega para comportar os gastos”, sublinha, fazendo notar que há lares privados que “estão a cobrar 700 euros ou mais”. A Misericórdia vive de donativos, por exemplo, um produtor oferece fruta para quase todo o ano, o que é uma grande ajuda. Lalanda Ribeiro destaca que para além da falta de meios financeiros, grande parte dos idosos acolhidos no lar sentem uma grande lacuna afectiva: “Há pessoas que nunca têm visita de familiares. Outras só vêm vê-los quando eles recebem a reforma”. Por isso, o provedor deixa um repto à comunidade para criar grupos de visitadores, tal como existe no centro hospitalar. “Em tempos, as esposas dos rotários vinham cá com alguma frequência. Era importante os idosos que aqui estão serem visitados”, manifesta. Neste lar há idosos com mais de cem anos. A pessoa com mais idade tem 103 anos. Não são aceites acamados, por não haver condições, mas há quem fique acamado depois de lá estar. Para entrar, “o modo normal é os idosos com mais de 65 anos inscreverem-se ou serem encaminhados pela Segurança Social, serviços sociais da Câmara ou Juntas de Freguesia, por terem dificuldades, e aí o processo é avaliado”. “Quando são os familiares a inscrevê-los, tentamos a ver a vontade da pessoa em entrar, não queremos aqui pessoas contrariadas”, adianta Lalanda Ribeiro, garantindo que “não aceitamos dinheiro para as pessoas entrarem”. Francisco Gomes

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