O município das Caldas e o escultor Ferreira da Silva estabeleceram um protocolo, no valor de 30 mil euros anuais, com vista à execução de peças de arte pública e que deverão permanecer como propriedade do município. Os vereadores do Partido Socialista manifestaram que a qualidade da obra do Mestre Ferreira da Silva “constitui uma aposta ganha que tem sido devidamente fundamentada por grupos de estudiosos caldenses que documentaram já a importância da sua obra no conjunto dos ceramistas contemporâneos”. “Já tivemos, aliás, ocasião de nos manifestarmos contra a falta de respeito a que algumas das suas obras têm sido votadas, permitindo-se a instalação de outdoors publicitários a poucos metros das suas peças”, referiram. “Não pondo, pois, em causa a qualidade e evidente interesse do seu labor, e muito menos a aprovação deste protocolo anual, que se revela vantajoso para a autarquia, consideramos que esta aposta tem corrido o risco de preterir outros discursos artísticos para a cidade e para o concelho”, declararam Delfim Azevedo e Rui Correia, que consideraram que “a afirmação de uma estética pública que se revela indiferente à pluralidade de leituras e a diversidade de olhares e de autores não enriquece a cidade, nem engrandece sequer a própria obra do Mestre Ferreira da Silva, que muito tem a ganhar com a coexistência de outros discursos complementares, esquivando-se desta forma da imputação de unissonância estética em que pode incorrer”. “Consideramos que a presença de uma empreendedora Escola Superior de Arte e Design deveria constituir um factor de promoção de arte pública, donde assumimos frontalmente a necessidade de promover iniciativas que concorram para uma ampliação e pluralização de linguagens estéticas que dignifiquem o concelho e a cidade, nomeadamente através da convocação de concursos públicos e do estabelecimento de protocolos deste cariz com autores de qualidade igualmente reconhecida”, defenderam os socialistas.
Autarcas do PS querem arte mais pluralista
18 de Novembro, 2010
O município das Caldas e o escultor Ferreira da Silva estabeleceram um protocolo, no valor de 30 mil euros anuais, com vista à execução de peças de arte pública e que deverão permanecer como propriedade do município. Os vereadores do Partido Socialista manifestaram que a qualidade da obra do Mestre Ferreira da Silva “constitui uma […]
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