“Quero transmitir esperança e alegria de viver”, disse Maria Manuela Almeida, de Alcobaça, uma das 7 mulheres que, não sendo actriz, decidiu expor a sua própria experiência de luta contra o cancro da mama na peça de teatro “Rosa, Esperança”, que foi representada nas Caldas no passado sábado, no grande auditório do CCC. “Não há que ser coitadinho porque tem cancro, há que transmitir esperança de sobreviver à doença”, adiantou esta protagonista, referindo que o que aparece no espectáculo “não é a minha própria experiência, é a experiência de mulheres que tiveram cancro da mama”. Do elenco faz parte ainda desta região a caldense Alda Caetano, que venceu o cancro da mama. Está muito satisfeita por participar no projecto, alegando que acima de tudo é uma forma de transmitir uma boa mensagem. “Se não tivermos algo para nos agarrarmos é muito difícil esta luta”, disse Alda Caetano, acrescentando que “exemplos como os que são passados nesta peça de teatro, dá muita esperança, especialmente quando vimos uma mulher no palco que teve cancro da mama há vinte sete anos”. Segundo esta actriz, “todo o projecto é uma terapia, já não conseguimos viver sem a amizade que une todo o elenco e figurantes”. O movimento “Rosa Esperança” nasceu de uma parceria com o grupo de artistas “Quem não tem cão” para promover uma peça de teatro onde a luta contra o cancro da mama é a personagem principal. Sete mulheres que venceram a doença e trinta figurantes, todos amadores, têm levado a peça a diferentes pontos do país desde há um ano. Segundo o encenador, Rui Germano, a história relata a evolução da doença. A descoberta, a ida ao médico, o medo do diagnóstico, o internamento, a cirurgia e os tratamentos. Rui Germano, encenador do grupo “Quem não tem cão”, de Rio Maior, é o grande mentor da peça “Rosa, Esperança”. “Queremos dar esperança, passar informação de uma forma descontraída e devolver a auto-estima às mulheres”, explicou o responsável, que criou este projecto porque a sua mãe e duas amigas tiveram cancro da mama. A iniciativa começou há três anos, quando decidiu chamar a atenção para a doença na sequência do falecimento de uma das amigas com cancro da mama. “Como tinha um teatro, a companhia ‘Quem Não tem Cão’, aproveitei e decidi fazer uma coisa diferente”, adiantou. Com o recurso às redes sociais na Internet e aos blogues, os membros da “Rosa Esperança” foram espalhando a notícia e enchendo as salas de teatro. “Quando nos começámos a aperceber da dimensão que este projecto tinha, surgiu a ideia de ampliar a peça de teatro para um movimento mais alargado”, explicou Rui Germano. Assim, nasceu a parceria com as caves Ermelinda Freitas e a criação do vinho com o rótulo alusivo ao movimento, desenhado por Paal Myhre. O vinho “Rosa Esperança” tem o preço de dez euros por unidade e as receitas reverterão, na totalidade, para este movimento de luta contra o cancro da mama e serão aplicadas, numa primeira fase, no espectáculo de teatro itinerante que promovem. O movimento organiza ainda os “Encontros Rosa Esperança”, piqueniques cujo objectivo é reunir mulheres para partilha de experiências e informação. Segundo o encenador, a curto prazo o projecto vai também lançar uma fotografia única, com grandes dimensões (5m x 2,30 m), que pretende chamar a atenção para este problema de saúde. Além de Alda Caetano e Manuela Almeida, o elenco da peça conta com Cacilda Germano, Carla Pedro, Cristina Vicente, Lucinda Almeida, Manuela Matias, Cristina Jordão, José Manuel, Paulo Azevedo e mais de 20 figurantes. Marlene Sousa
“Rosa Esperança” com mensagem de vida
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