“Nenhuma das grandes obras rodoviárias ou ferroviárias vai avançar antes de 2013”, revelou Carlos Lourenço, presidente da OesteCIM, no final de uma reunião com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça. Fica assim adiada a modernização da Linha do Oeste ou a conclusão do IC 11, entre outras obras constantes do Plano de Acção do Oeste assinado em 2008 e que previa a realização de 120 projectos, até 2017, num investimento de 2,1 mil milhões de euros em obras prometidas em compensação pela não construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota. Segundo o autarca, o único compromisso assumido pelo ministério foi que “os estudos e projectos vão continuar a ser feitos” para que “quando houver condições as obras possam avançar”. Na próxima reunião da OesteCIM deverá ser comunicada esta decisão do Estado e os autarcas irão avaliar a atitude a tomar. Já antes deste anúncio os autarcas do Oeste admitiam colocar o Governo em Tribunal por este não estar a cumprir o acordo assinado nas Caldas da Rainha, na presença de José Sócrates relativamente às compensações da deslocalização do aeroporto da Ota para Alcochete. O presidente da OesteCIM era a voz da contestação, depois de ter visto uma candidatura ser chumbada, apesar de ter sido acordada. “Fizemos uma candidatura ao Potencial Humano e veio chumbada. Reclamámos e não foi aceite. Pedimos uma audiência à Ministra do Trabalho e ela diz que só pode reunir depois do Orçamento. Isto era uma candidatura aprovada, escrita e agora é recusada quando os dinheiros não são do Estado, são do QREN e foram para outro lado. Vamos tentar obter uma resposta e em função daquilo que nos disserem, vamos para Tribunal, reclamar o contrato”, afirmou Carlos Lourenço. Em jogo estará uma verba que ronda os cinco milhões de euros destinados à formação de pessoal autárquico e cuja candidatura foi assinada no acordo da Ota. “Para já vamos colocar este processo, porque é um caso contratado e concreto. Os outros cadernos continuam parados e vamos esperar para saber o que eles nos vão dizer. Teremos de renegociar, porque somos compreensivos e compreendemos que há uma recessão e os projectos têm de se dilatar no tempo, mas há situações em que poderíamos estar a trabalhar, porque não têm encargos do Estado, são dinheiro do QREN e não compreendemos os atrasos”. O presidente da OesteCIM admite que os autarcas do Oeste não vão ficar “impávidos e serenos”. Carlos Barroso
Plano de Acção para o Oeste é congelado pelo Estado

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