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Para um monárquico, como eu, o dia 5 de Outubro é sempre um dia de emoções que não são apenas vagas e desconexas mas também, e principalmente, contraditórias. Para a, infelizmente, extensa maioria dos portugueses, comemorou-se ontem o centenário da implantação (imposição) da república. Para mim, e, julgo, para todos os monárquicos foi o esquecido […]

Para um monárquico, como eu, o dia 5 de Outubro é sempre um dia de emoções que não são apenas vagas e desconexas mas também, e principalmente, contraditórias. Para a, infelizmente, extensa maioria dos portugueses, comemorou-se ontem o centenário da implantação (imposição) da república. Para mim, e, julgo, para todos os monárquicos foi o esquecido e não assinalado 867º aniversário da fundação da nacionalidade, confirmada, nesse mesmo dia de Outubro de 1143, em Zamora pelo primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Portugal é assim, independentemente de qualquer juízo de valor negativo que possa ser feito tanto à Primeira República como à instituição republicana em si, um dos únicos países europeus que não comemora a sua independência e, pior, preferiu assinalar, no seu lugar, uma, imagine-se, revolução. Uma revolta militar em que portugueses mataram portugueses, em que cidadãos nacionais foram obrigados a abandonar o seu próprio país para evitar perseguições políticas a si e à sua família e, mais importante que isso, se impôs um regime de inspiração jacobinista, afrancesado, anti-clerical e extremista, que trouxe a Portugal 16 anos de caos político, social e económico. É a esse regime desastroso para Portugal que a Democracia de 1976 quer comparar-se, tentando convencer o povo português de que a I República foi precisamente como ela, e que a Monarquia Constitucional foi como o Estado Novo. É por isso que são vários os dirigentes do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista a ter o supremo descaramento de dizer que a Ditadura Nacional, e, mais tarde, o regime salazarista e marcelista não eram republicanos, mas, pelo contrário, uma espécie de monarquia pretensamente republicana. Independentemente do que diz a máquina propagandística republicana, nada poderia estar mais longe da verdade. Longe de ter iniciado um período de liberdade, democracia e de liberalização da educação, a república foi uma era de anarquia (Noite Sangrenta de 1921), pobreza, guerra (Primeira Guerra Mundial), falta de respeito pelos direitos humanos (massacres no sul de Angola) e de quase guerra civil (Monarquia do Norte). Assim, infelizmente para os responsáveis pela propaganda que está a ser feita a nível nacional em Portugal, a república foi sinónima da crise profunda que, em última análise, provocou o golpe de estado do 28 de Maio de 1926. Seguiu-se a Segunda República, ou Estado Novo, menos propagandeada pela comissão para as comemorações do centenário, mas, ainda assim, a versão de república que por mais tempo se manteve e, que, curiosamente, ao contrário do que dizem os republicanos, mais fez pela educação em Portugal e que maior crescimento económico trouxe ao país. Crescimento económico comparável apenas ao que Portugal tinha tido com a monarquia constitucional nos anos 80 e 90 do século XIX. A questão é assim o que trouxe, afinal, a ausência de um chefe de estado imparcial, tradicional, isto é, que pertence a uma instituição que sempre foi a da chefia de estado de Portugal, e, julgo eu mais importante que isso, apartidário, educado para o ser e que garante a manutenção da democracia a Portugal e, lamentavelmente, a resposta é nada, um grande nada. E isto, é claro, para não dizer que nos trouxe guerra, instabilidade e miséria. É, para além da crise que a ela foi inerente, esta morte da Portugalidade que se celebra com a imposição da república. O 5 de Outubro é pois o dia em que, mostrando, de forma empírica e inequívoca o espírito fadista e permanentemente saudosista do povo português, se celebra a morte da Pátria, olvidando com isso totalmente o seu nascimento. Eu celebrei a Fundação da Nacionalidade, e lamentei o seu, senão falecimento, coma secular e espero, sinceramente, que todos os verdadeiros portugueses tenham feito o mesmo.   Rafael Borges

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