As nove escolas do 1º ciclo do concelho de Óbidos que ainda funcionavam não abrir no ano lectivo que agora começou, mas a população não contesta o encerramento. Pelo contrário, a transferência de mais de duas centenas de alunos para os dois novos centros escolares inaugurados no passado sábado é encarada com tranquilidade e expectativa de ali encontrarem melhores condições de aprendizagem e de recreio. Desde segunda-feira, Alexandre deixou a escola que frequentou ao longo de três anos na aldeia da Amoreira para passar a ter aulas no Complexo do Furadouro. Encontrou um espaço completamente diferente, para melhor. Para além do número de salas ser bem maior, terá um pavilhão desportivo, refeitório, papelaria, sala de informática, laboratório de ciências, sala de educação visual e tecnológica, salas de convívio, gabinete médico e até sala de dentista. “Os miúdos vão ter excelentes condições e fica a 700 metros da aldeia. Não é o mesmo que ficar no centro da povoação, mas a Câmara assegura o transporte gratuito”, comenta a mãe de Alexandre, Lúcia Cintra. “Não tenho pena que a escola encerre, porque acho que as coisas têm de evoluir. Saem de uma escola com mais de 50 anos e vão para uma novinha, com imensas condições, por isso só têm a ganhar”, adianta. Na povoação do Vau a transferência para o Complexo do Furadouro, a três quilómetros, também é bem vista, apesar da população admitir que a ausência de crianças durante o dia vai ser notada. “Gostava que o meu neto, que vai entrar no primeiro ano, ficasse na aldeia, mas acredito que as condições no novo centro escolar sejam outras. Não tem nada a ver”, manifesta Maria Irene. A escola que agora encerrou “está degradada por dentro”, indica Alda Henriques, moradora na aldeia. “O chão ainda é de tacos velhos e todos os dias era uma poeirada. As carteiras foram mudadas há três anos mas não são muito melhores”, descreve. Ainda assim a residente, que tem um filho que frequentou aquele estabelecimento de ensino, admite que “a povoação vai ficar mais deserta”. “A aldeia vai ficar todo o dia sem crianças, pois vão sair de manhã e vir à noite. Só é pior porque, devido ao transporte têm de se levantar mais cedo, mas deve valer a pena a passagem para o novo centro”, sustenta. Mudanças planeadas “As mudanças introduzidas no concelho de Óbidos foram planeadas pela autarquia e estavam incluídas na Carta Educativa”, afirma Telmo Faria, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, que prevê um início de ano lectivo sem protestos dos encarregados de educação. “Dois novos complexos escolares, em conjunto com outros dois em funcionamento, asseguram todo o ensino básico, secundário e profissional. Estamos também a desenvolver uma profunda requalificação dos estabelecimentos de educação pré-escolar”, sublinha. Quanto à utilidade a dar aos edifícios desocupados, o autarca aponta que “a estratégia é reutilizar com programas ou actividades de valorização e qualificação das pessoas nestas antigas escolas”, nomeadamente centros de convívio, jardins-de-infância, bibliotecas e serviços camarários. Francisco Gomes
População aceita encerramento de escolas do 1º ciclo
16 de Setembro, 2010
As nove escolas do 1º ciclo do concelho de Óbidos que ainda funcionavam não abrir no ano lectivo que agora começou, mas a população não contesta o encerramento. Pelo contrário, a transferência de mais de duas centenas de alunos para os dois novos centros escolares inaugurados no passado sábado é encarada com tranquilidade e expectativa […]

População aceita encerramento de escolas do 1º ciclo
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