Foi publicado no passado dia 2 de Setembro no sítio do Ministério do Ambiente o concurso público para o avanço, ainda este ano das obras de desassoreamento na Lagoa de Óbidos, orçadas em dois milhões de euros. Segundo a nota divulgada pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, a obra a ter lugar na Lagoa de Óbidos, tem um conjunto de acções “orçadas em dois milhões e meio de euros e que estão inseridas no plano mais vasto de combate à erosão costeira, que se prolonga até 2013”. Estes trabalhos de consolidação são da responsabilidade do Inag (Instituto da Água) e “só são possíveis após as intervenções para a relocalização do canal que liga a lagoa ao mar, e que permitiram a prática de uma época balnear mais segura na Foz do Arelho”, lê-se no documento. A dragagem do canal Norte da zona inferior da Lagoa de Óbidos, financiada por fundos comunitários, “começa já este ano e vai decorrer durante 4 meses”, obrigando à remoção de 350 mil metros cúbicos de areias e à sua utilização no reforço do cordão dunar em zonas com maior risco de erosão. O desassoreamento da Lagoa de Óbidos foi considerado em Maio prioritário pela ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, no quadro do Plano de Acção para o litoral, a desenvolver até 2013. A Junta de Freguesia da Foz do Arelho já fez saber através de uma nota publicada no seu site que se “congratula pela decisão ora tomada, não podendo deixar de saudar S.Exa. a Senhora Ministra do Ambiente por, tal como sempre foi nossa convicção, várias vezes afirmada publicamente pelo Sr. Presidente da Junta, ter honrado o compromisso que connosco assumiu a esse respeito”. “Queremos neste momento agradecer a todas as autarquias e outras entidades envolvidas no processo, e em especial a todos os cidadãos que se associaram aos esforços que desenvolvemos no inverno passado. Os resultados agora obtidos mostram que a cidadania vale a pena”, referem. “Cientes de que estes trabalhos marcam o início de um processo de desassoreamento de maior amplitude, a decisão agora tomada por S.Exa. a Sra. Ministra do Ambiente constitui uma motivação acrescida para que a Junta de Freguesia continue atenta e activa na sua colaboração com todas as entidades envolvidas na resolução dos problemas da Lagoa, compromisso que reitera perante a população”, concluem. Até agora não foi possível saber onde serão depositados de forma temporária os dragados da zona do braço da barosa e dos muzarenhos, uma situação de conflito entre as autarquias e os organismos governamentais. Carlos Barroso