José Marques Serralheiro, mentor do Hospital Oeste Norte, foi à Assembleia Municipal de Óbidos desafiar a edilidade obidense a criar o “Óbidos Medieval Campus”, um espaço temático que poderá estar aberto ao longo do ano, semelhante ao que acontece em França com o Campo do Astérix, ou a Disneylândia. “A importância de Óbidos, Vila Medieval, no passado, no presente e no futuro leva-nos a fazer crer que toda a dinâmica de eventos culturais, sociais, económicos e turísticos pode ser potenciada com a criação de um parque temático com sede neste município subordinado à história de Portugal na época medieval”, argumentou. Na opinião do proponente, Óbidos integra com Lisboa e Sintra “lugares obrigatórios a visitar, várias vezes na vida, pelos portugueses e estrangeiros”. “Imaginamos um parque instalado num terreno plano com uma área de 15 hectares, que albergaria um parque de diversões temático, serviria e alojaria todos os eventos com grande potencial de atractividade de visitantes”, apresentou. José Marques considerou que é imperioso inventar “soluções capazes de garantir o retorno do investimento, ao serviço de um leque de destinatários muito alargado das crianças aos seniores. O objectivo é conseguir a atracção de quatro milhões de visitantes por ano. Os milhares de visitantes seriam atraídos por um centro de interpretação da história de Portugal e por muitas e variadas diversões alusivas aos principais factos históricos e lendas de Portugal”. A partir desta ideia base julga que as universidades portuguesas devem apresentar uma solução integrada com o contributo de todas as especialidades, como arquitectos, engenheiros, historiadores, sociólogos, antropólogos, encenadores, técnicos de audiovisuais, informáticos, cineastas, escultores e outros artistas plásticos. Segundo o mentor o modelo de investimento assentaria numa parceria público privado, no valor de cerca de 35 milhões de euros, com um período de recuperação de 7 anos. “Poderemos imaginar uma receita líquida anual de cerca de 500 mil euros”, sublinhou, perspectivando que Óbidos “ficaria como pólo de atracção de turismo interno e internacional de referência e de passagem obrigatória para todos os portugueses e visitantes na busca do seu enriquecimento cultural e lazer. Estaria aberto durante 10 meses por ano, de Março a Dezembro, animado pelos cerca de 100 colaboradores e animadores”. Carlos Barros