A Ministra da Saúde revelou em Leiria que a localização do futuro Hospital Oeste Norte (HON) ainda não está totalmente definida. Ana Jorge falou à margem da inauguração do serviço de medicina intensiva, do serviço de cardiologia com a nova unidade de hemodinâmica e intervenção cardiovascular, e da nova cozinha e novo refeitório da unidade de nutrição e dietética do Hospital Santo André em Leiria, onde também comentou a actual demissão do conselho de administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON). A Ministra da Saúde aceitou estar em falta por ainda não revelar a localização definitiva, uma vez que já passaram mais de trinta dias, prazo dado pela governante para dizer onde será construído o novo hospital. “Eu estou em falta, mas ainda não recebi os papéis todos. Temos de resolver essa situação, obviamente. Os trinta dias foram para os autarcas da OesteCIM se reunirem e dizerem de sua justiça”, explicou. Ana Jorge garantiu por outro lado que “hospital novo haverá, mas está em causa é onde. Há necessidade de fazer um plano funcional para o novo hospital que tem de ter uma dimensão para a população que irá servir. É isso que temos de fazer. O que está para decidir é o local. O que apontámos foi Caldas da Rainha, mas ainda não apresentámos a decisão final e não vou dizer aqui, porque vou dizer primeiro aos serviços”. Com alguma dificuldade, já que a assessora da Ministra da Saúde quase impediu de o fazer, confrontámos Ana Jorge sobre a substituição da administração do actual CHON. Foi, pois, com alguma persistência e com os sorrisos incómodos de alguns tutelares de lugares políticos e de administração hospitalar em Leiria, que Ana Jorge declarou que a substituição da actual administração é um caso para ser tratado pela ARS de Lisboa, desconhecendo por isso que Luís Pisco tenha sido convidado e tenha declinado o convite. “Não sei se o Dr. Luís Pisco foi convidado. Essa situação está a ser equacionada pela ARS Lisboa e Vale do Tejo e estamos a aguardar propostas e em devido tempo será anunciado”, disse, desviando-se depois. Entretanto o presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa tem vindo a ser confrontado por alguns comerciantes que lhe pedem para não deixar sair o hospital do centro da cidade, por uma questão económica. O autarca assumiu que pretende um novo Hospital, mas não quer as actuais instalações deixem de ser utilizadas para fins de saúde, da mesma forma que defende a permanência dos hospitais de Alcobaça e de Peniche. “Nós queremos um hospital novo nas Caldas. Essa é a nossa prioridade. Se me perguntarem onde, gostava que fosse perto da fábrica do sabão, porque era o melhor para todos. Mas entretanto vão surgindo alguns apontamentos que podem dar conta de um Hospital novo, no mesmo local onde existe o actual. Seria uma ampliação e uma renovação. Isso seria pior, por um lado, porque estrangula, mas era melhor, por outro, porque está no centro da cidade e está mais perto do comércio”, argumentou. Sobre a decisão da OesteCIM, Fernando Costa disse que no seio dos autarcas todos estão de acordo quanto à localização ser nas Caldas, excepto Alcobaça. Por tal situação revelou que “ficou decidido que a OesteCIM não toma posição e aceitará a decisão do Ministério da Saúde”. Fernando Costa considerou que “Alcobaça não tem razão. Pior seria se tirassem o Hospital das Caldas. Isso seria um erro grave. Alfeizerão não perde porque nunca teve Hospital. Alcobaça também não perde porque mesmo hospital vai continuar e em Peniche a mesma coisa. Isso foi garantido pela senhora Ministra. Se fosse construído um hospital em Alfeizerão, as Caldas é que perdia. Eu espero que Alcobaça e Alfeizerão não entendam que a localização nas Caldas não é uma derrota, mas percebam que seria uma perda total para as Caldas. Seria cometida uma grave injustiça nas Caldas”. Fernando Costa foi também convidado a comentar a actual crise directiva do CHON, aconselhando a nomeação de “uma pessoa independente e competente”, mas não deixou de se pronunciar sobre o facto de o PS nunca ter deixado de estar presente na administração da saúde nas Caldas, já que nas últimas décadas nunca passou por lá outro dirigente que não tivesse ligação aos socialistas – Mário Gonçalves, Vasco Trancoso e Manuel Nobre. “Espero que o futuro seja um bom conselho de administração. A ARS e a Câmara trocaram algumas ideias, muito vagas e não nos vamos meter no assunto, porque é uma decisão do Ministério. Escolham os melhores. Espero que não seja uma decisão política. Os governos do PSD nunca se opuseram a que pessoas ligadas ao PS estivessem no conselho de administração. O administrador deve ser o mais capaz e o mais competente e não devem olhar aos cartões de militantes”, disse. Carlos Barroso
Hospital Oeste Norte ainda não tem localização definida
12 de Maio, 2010
A Ministra da Saúde revelou em Leiria que a localização do futuro Hospital Oeste Norte (HON) ainda não está totalmente definida. Ana Jorge falou à margem da inauguração do serviço de medicina intensiva, do serviço de cardiologia com a nova unidade de hemodinâmica e intervenção cardiovascular, e da nova cozinha e novo refeitório da unidade […]

Hospital Oeste Norte ainda não tem localização definida
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