O casal que há cerca de dois meses viu o fogo destruir a sua habitação em Vale Maceira afinal não vai receber qualquer ajuda da Câmara de Alcobaça como anteriormente havia garantido a edilidade. A confirmação chegou agora e depois de um longo processo administrativo, onde os serviços da Câmara de Alcobaça consideram que o agregado familiar do casal não está dentro dos parâmetros do regulamento que prevê este tipo de ajudas. “No mês de Fevereiro, na sequência da tentativa, por parte do proprietário da habitação, de ateamento da salamandra, deflagrou um incêndio que destruiu a sala e o quarto, tendo deixado danificada pelo fumo a restante habitação. Dado o acontecido, e por não ter seguro, o munícipe solicitou a colaboração da autarquia na recuperação da moradia, nomeadamente através da cedência de material de construção. O suporte legal para apoio nestas circunstâncias é o Regulamento para Atribuição de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos. Uma vez que os rendimentos do agregado familiar são superiores ao previsto nas condições de atribuição do referido regulamento, não foi possível conceder o apoio mencionado” relata a Câmara de Alcobaça através do seu gabinete de comunicação. Ainda assim os serviços da edilidade disponibilizaram “uma carrinha e colaboradores para realizarem a limpeza do espaço, que durante três dias retiraram o material destruído pelo fogo e lavaram, com equipamento específico para o efeito, paredes e tectos”, adianta a autarquia de Alcobaça. Confrontada com esta situação, a moradora Sónia Inês lamenta que a Câmara de Alcobaça não os ajude. “Fizeram-nos esperar dois meses. Neste tempo todo vieram cá pintores, carpinteiros e outras pessoas da Câmara. No final disseram que não nos ajudavam. Andaram a iludir-nos”, desabafa.   Carlos Barroso