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Novos donos relançam Caldas Internacional Hotel

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O Caldas Internacional Hotel (CIH) foi comprado por Fernando Lúcio, empresário que esteve 40 anos em Macau no sector hoteleiro. Vai ser ajudado pela sua filha, Diana Lúcio, que tirou em Inglaterra um curso de licenciatura em hotelaria. “Era um namoro antigo”, confessa. “Interessei-me há mais de dez anos pelo Hotel”, conta. Na altura era […]
Novos donos relançam Caldas Internacional Hotel

O Caldas Internacional Hotel (CIH) foi comprado por Fernando Lúcio, empresário que esteve 40 anos em Macau no sector hoteleiro. Vai ser ajudado pela sua filha, Diana Lúcio, que tirou em Inglaterra um curso de licenciatura em hotelaria. “Era um namoro antigo”, confessa. “Interessei-me há mais de dez anos pelo Hotel”, conta. Na altura era propriedade de Francisco Antunes, Depois da falência, após a gestão de Fernanda Teles, também se mostrou interessado, mas não chegou a concretizar o negócio. Esteve igualmente para comprar o Hotel Lisbonense, mas achou os números exagerados – oito milhões de euros. Para além disso, “depois ter visto as cópias do projecto, verifiquei que havia muitas falhas que não se podiam corrigir, como a vista dos quartos nas traseiras, só um coffee-shop e spa pequeno”. Reconhece que no CIH também há muito a fazer para melhorar as condições. O bar vai ser reformulado e os espaços exteriores embelezados. O restaurante Adega Brava 2 vai ser reactivado. “Servirá para festas particulares, pequenos grupos, eventos especiais, fados, é uma sala rústica 50 a 100 pessoas”, indica Fernando Lúcio. O empresário adquiriu também o Salão Milénio, que estava a ser explorado por outra entidade. Os números do negócio não foram divulgados. Os cerca de 50 funcionários vão manter os seus postos de trabalho. Segundo os dados fornecidos pela administração cessante, a taxa de ocupação do hotel é de 50%. “É razoável, mas não é boa, mas partiu praticamente do nada, há 2/3 anos atrás, depois da casa falida”, sustenta Fernando Lúcio, que pretende subir os índices de ocupação dos alojamentos. “Houve algum desleixo e há que fazer mais promoção”, defende o empresário, de 61 anos, natural do Landal, nas Caldas da Rainha. O CIH tem 80 quartos e 3 suites, mas se for necessário poderá ser ampliado. A filha do empresário afirma que “como vivemos no estrangeiro trazemos algumas ideias e conceitos diferentes para implementar”. Diana Lúcio tem 25 anos e nasceu em Macau. Viajou para Inglaterra e tirou o curso de hotelaria. “Agora estou aqui para apoiar o meu pai no que for preciso. Estamos entusiasmados com esta aventura e vamos tentar melhorar o que temos aqui, em termos do estabelecimento como do serviço”, declara. Já Fernando Lúcio está ligado desde a juventude à hotelaria. “Fui para Lisboa com 16 anos e comecei a trabalhar na hotelaria a lavar pratos. Frequentei a escola hoteleira Alexandre Almeida durante 4 anos e trabalhei numa série de hotéis. Fui para Macau prestar serviço militar, depois fiquei no território, trabalhei em unidades hoteleiras e possui várias, como uma pousada e um restaurante”, descreve. A nova gerência entrou em funções a 1 de Maio e reconhece que o Hotel Lisbonense pode tornar-se numa concorrência. Mas não se deixa amedrontar. “O Hotel Lisbonense não tem melhores condições do que o CIH”, considera Fernando Lúcio.   Francisco Gomes

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